Varejo de MS perdeu 2,9 mil trabalhadores no início da pandemia
Entre 2019 e 2020, número de empregados saiu de 101.550 para 98.605
O varejo de Mato Grosso do Sul, segmento que mais emprega os trabalhadores da área comercial, perdeu 2,9 mil trabalhadores somente no início da pandemia, entre 2019 e 2020. O montante representa queda de 2,9%, saindo de 101.550 para 98.605. Os dados constam na PAC (Pesquisa Anual de Comércio), divulgados hoje (17), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Ao todo, em 2019, o comércio empregava 135.867 pessoas. Em 2020, o número caiu para 134.348, sendo 73,4% no comércio varejista, 15,1% no comércio por atacado e 11,4% no comércio de veículos peças e motociclistas. Neste caso, a retração foi de 1,1%.
Com o resultado, Mato Grosso do Sul ficou em 15° no ranking entre as Unidades da Federação, com mais pessoal ocupado. São Paulo teve a maior participação, com 29,1%, seguido por Minas Gerais, com 10,8%, e Rio de Janeiro, com 8,5%.
Em 2020, as empresas comerciais de Mato Grosso do Sul pagaram R$ 3,1 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações. Em comparação com os últimos dez anos, o aumento do valor foi de 101,7% em relação aos gastos de 2011, quando foi calculado R$ 1,5 bilhão.
O comércio varejista também apresentou aumento nos gastos com as remunerações do pessoal ocupado, saindo de R$ 980 milhões em 2011, para R$ 1,9 bilhões em 2020. Neste caso, o aumento foi de 102,9%.
Já o segmento atacadista se destaca como o que mais apresentou aumento percentual nos valores destinados aos gastos com pessoal. Em 2011, o setor de comércio por atacado em Mato Grosso do Sul destinou R$ 299,4 milhões em remunerações, já em 2020, passou para R$ 724,3 milhões, representando crescimento de 141,8%.
O comércio de veículos, peças e motocicletas gastou R$ 447,4 milhões em salários, em 2020, sendo 52,7% maior que em 2011 (R$ 267,0 milhões).
Unidades comerciais - Em 2020, o número de unidades do comércio com receita de revenda em Mato Grosso do Sul, chegou a 20.326. Eram 2.238 unidades no comércio de veículos, peças e motocicletas; 2.721 unidades de comércio por atacado e 15.367 unidades de comércio varejista.
O montante é 3,4% menor do que 2011, quando eram 21.048 comércios. Se comparado a 2019 (18.479 unidades), o aumento é de 9,9%.