Na volta às aulas, alunos miram em boas notas para entrar na faculdade
Alunos de escolas estaduais tiveram o primeiro dia de aula nesta quinta-feira
No primeiro dia de aula das escolas estaduais, nesta quinta-feira (23), os alunos do Ensino Médio se mostraram animados para poder findar o ano com boas notas e conseguir entrar na faculdade. Na escola cívico-militar Professor Alberto Elpídio Ferreira Dias - Professor Tito, não é diferente.
Flor de Maria Silva Salzedas Crivelente, de 16 anos, está no 3° ano e está animada para o último ano antes de entrar na faculdade.
“Estou muito animada, hoje é meu último primeiro dia de aula. É muito bom estar com meus amigos, aqui eu fiz amizade para vida toda. Fui bem recebida desde que eu era novata. Quero fazer faculdade Análise de Desenvolvimento de Sistema. Espero ter bastante aula, aprender muito para a redação e me preparar para o Enem, melhorar na ordem unida, ser aluna destaque e passar no vestibular”, comenta.
Sobre o método disciplinar, Flor comenta que é difícil abrir mão da vaidade, mas no final vale a pena. “Eles pegam bastante no pé em relação à disciplina, em relação ao nosso cabelo, às nossas unhas. No início foi difícil adaptar, mas agora eu adoro. É difícil abrir mão de algumas vaidades, mas é maravilhoso”, completa.
Para Beatriz de Oliveira dos Santos, de 16 anos, do 2° ano, a sensação não é diferente. “Quero focar nos estudos, ser aluna destaque da minha sala, focar na redação para poder fazer um bom Enem neste ano, me aperfeiçoar na guarda e honra. Eu sempre quis estudar numa escola militar, mas quando procurei para fazer a prova já tinha passado a idade. Entrar aqui é maravilhoso”, afirma. Ela diz que pretende fazer a faculdade de Direito.
Nicolly de Matos, de 13 anos, é aluna nova do 9° ano. “Minha mãe que decidiu. Muito diferente. Acho que essa parte da formação é onde vou ter mais dificuldade”, disse.
Na entrada tinha um pelotão de elite feito pelos alunos destaques para receberem os professores e pais. Por lá, todos os dias às 6h40 tem a formação na quadra, fazem fila, hasteiam a bandeira e cantam o Hino Nacional, depois, às 7h, começam as aulas até às 11h30; 12h40 saem para o almoço e retornam para a aula das 13h às 16h30. Em cada período tem intervalo de 20 minutos para o lanche.
No colégio ficam 12 bombeiros dividido em dois grupos, que são responsáveis pelo monitoramento disciplinar dos alunos. Ao todo, são 12 turmas com 406 alunos do 6° ano do Ensino Fundamental ao 3° ano do Ensino Médio.
Expectativa - Para o diretor adjunto Carlos Leonardo Machado Xavier, a expectativa do retorno é umas melhores e tem metas a seguir.
“A nossa expectativa é alta, a nossa escola é a primeira colocada no programa nacional das escolas cívicos-militares, então, a gente quer manter. Metas educacionais, a gente quer ser o primeiro, queremos ser o primeiro nas olimpíadas de Matemática e Português e manter a primeira colocação nas olimpíadas de redação. A nossa meta é ambiciosa, a gente fez um programa de cursinho do pré-vestibular com apostila própria para preparar”, destaca.
Ainda de acordo com o diretor, é praticado a busca ativa dos alunos e oferece uma espécie de reforço escolar. Ele explica que todo aluno que era identificado que não estava acompanhando as aulas remotas, havia um grupo designado na escola para fazer a busca e comunicar os órgãos competentes, como a Secretaria de Educação e o Conselho Tutelar, que entravam em contato com as famílias para tentar descobrir o motivo.
Já no pós-pandemia para recuperar aqueles alunos com déficit de aprendizagem foi criado o Programa de Recuperação de Aprendizagem.
“A gente sabe que os reflexos da pandemia ainda perduram, tanto que isso foi instituído na grade curricular, além das disciplinas, os alunos que tem dificuldades participam de um programa de recuperação de aprendizagem que dura o ano todo. Tem um dia que o aluno vai embora um pouco mais cedo no período da tarde e quem participa fica nesses dois últimos tempos", explica.
No colégio, os alunos novos recebem um acompanhamento de monitores do bombeiros e da coordenação pedagógica para detectar as dificuldades e ajudar na adaptação.