Maioria diz que ainda não declarou em vida desejo de doar órgãos
Mês de setembro é dedicado às ações de conscientização sobre importância de ser doador de órgãos e tecidos
Dedicado a conscientizar sobre importância de ser doador de órgãos e tecidos, mês de setembro traz reflexões sobre o tema. Questionados nesta segunda-feira (21), maioria dos leitores diz que não declarou em vida o desejo de doar órgãos.
De janeiro de 2020 até 9 de setembro, na Santa Casa de Campo Grande foram captados 4 corações, 1 pulmão, 14 fígados, 37 rins e 101 córneas.
No hospital, foram registradas 73 mortes encefálicas. Desse total, 43 pacientes estavam aptos à doação, mas somente 22 deles tiveram os órgãos e tecidos captados. Ou seja, quase metade das famílias acolhidas não autorizaram a doação.
É uma decisão difícil para a família num momento tão doloroso. A declaração em vida facilita o processo, afirma quem trabalha nas equipes de abordagem.
Parte dos 51% que não informaram a família, Paulo Gustavo diz que não declarou por ainda não ter certeza sobre a decisão. “Preciso tomar essa decisão o quanto antes e avisar meus familiares. Por um lado, eu penso que seria tremendo egoísmo não doar meus órgãos”, explica.
Do outro lado, Patrícia Rodrigues relata que é a favor da doação não apenas dos órgãos. "Sou doadora de sangue e medula. Minha vontade é ser uma doadora de órgãos também”.
O mesmo pensamento é compartilhado por Yuri Aguilera, que diz não querer reter nenhuma parte do corpo após a morte.