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Esportes

“Órfãos” na Rússia, sul-mato-grossenses se dividem nos palpites

A fase semifinal da Copa do Mundo terá o primeiro jogo nesta terça-feira entre França e Bélgica, e quarta jogam Croácia e Inglaterra

De Moscou, Paulo Nonato de Souza | 09/07/2018 08:45
O três-lagoense João Juveniz curtindo a bela visão do Palácio Peterhof em São Petersburgo. Disse que vai ficar neutro no restante da Copa
O três-lagoense João Juveniz curtindo a bela visão do Palácio Peterhof em São Petersburgo. Disse que vai ficar neutro no restante da Copa

Com a Seleção Brasileira fora da Copa do Mundo de 2018, depois de perder de 2 a 1 para a Bélgica pela fase de quartas de final, os sul-mato-grossenses localizados na Rússia pelo Campo Grande News vão cumprir a jornada russa até o fim, mas estão divididos sobre para qual seleção torcer na semifinal e final.

“Acho que vou torcer pela Croácia”, afirmou Mário Grassi, de Três Lagoas, que veio para a Rússia com os ingressos comprados pelo sistema “Follow your Team”, siga o seu time em português, para as quartas de final, semifinal e final, ou seja, todos condicionados à presença da Seleção Brasileira em campo.

Mario conseguiu realizar o sonho de ver a Seleção jogar pelas quartas de final, em Kazan, mas com a nossa eliminação do Mundial, seus ingressos de semifinal e final perderam a validade. Como já estava comprada a passagem para São Petersburgo, onde o Brasil jogaria se passasse pela Bélgica, ele e seus parceiros paulistas de viagem estão na cidade na expectativa de conseguir ingressos para ver Bélgica e França.

Mário Grassi, também de Três Lagoas, em Kazan, a cidade dos pombos, no dia do jogo do Brasil diante da Belgica
Mário Grassi, também de Três Lagoas, em Kazan, a cidade dos pombos, no dia do jogo do Brasil diante da Belgica

“Ficaremos até a final da Copa e quero ver Croácia e Bélgica na final com vitória dos croatas. Não temos ingresso, mas é a vida”, lamentou Mário Grassi, ainda abatido com a derrota do Brasil diante da Bélgica. Sua volta para Três Lagoas está marcada para o dia 16, segunda-feira da próxima semana, um dia após a grande final da Copa do Mundo.

O médico Elder Ohara de Oliveira Junior , de Campo Grande, também está em São Petersburgo, que era o endereço da Seleção Brasileira se tivesse vencido a Bélgica. Seria o seu primeiro jogo na Copa do Mundo, e desembarcou na cidade com o Brasil já eliminado.

“Torcida tá difícil, mas acho que vou de Bélgica. Acho que Copa do Mundo é torneio para grandes vencerem, e nesse momento só vejo duas seleções em condições de ganhar. A França que já tem título da Copa, já eliminou o Brasil três vezes, e uma que nunca ganhou, a Bélgica. Optei pela Bélgica por isso”, declarou Elder Ohara ao Campo Grande News nesta segunda-feira.

Em São Petersburgo, onde esperava ver o Brasil jogar, o campo-grandense Elder Ohara disse que vai torcer para a Bélgica conquistar a Copa do Mundo
Em São Petersburgo, onde esperava ver o Brasil jogar, o campo-grandense Elder Ohara disse que vai torcer para a Bélgica conquistar a Copa do Mundo

Já o também médico, João Juveniz, um três-lagoense radicado em Campo Grande, que desembarcou na Rússia três dias antes da missão brasileira nas quartas de final e viu no estádio em Kazan a derrota para os belgas, prefere ficar neutro na reta final da Copa do Mundo. “Vou só assistir, sem torcer”, disse ele.

Sua ideia era seguir o caminho da Seleção na semifinal e final, mas o sonho ficou pelo caminho, e como para todo brasileiro a Copa acaba sem o Brasil, com João Juveniz não será diferente. “Agora é curtir a Rússia enquanto estiver no país e apenas ver os jogos sem torcer para ninguém”, afirmou ele em São Petersburgo, segundo maior cidade russa com 4,8 milhões de habitantes.

Dos quatro sul-mato-grossenses que o Campo Grande News localizou na Rússia desde o início do Mundial, só não conseguimos ouvir a fatimasulense Maria de Lourdes Vieira, de 61 anos, depois da nossa eliminação. Ela veio acompanhar o marido, o paulista Joel Andrade dos Santos, na realização do sonho de ver a Seleção jogar uma Copa do Mundo estando no estádio.

Quando entrevistamos Mária de Lourdes, na véspera do segundo jogo do Brasil, contra a Costa Rica, em São Petersburgo, ela contou que tinham comprado ingressos para ver a Seleção jogar nos três confrontos da primeira fase, nas oitavas de final e semifinal.

A fatimasulense Maria de Lourdes Vieira com o marido e o filho no aeroporto de Rostov on Don, cidade da estreia do Brasil na Copa do Mundo de 2018 (Foto: Paulo Nonato de Souza)
A fatimasulense Maria de Lourdes Vieira com o marido e o filho no aeroporto de Rostov on Don, cidade da estreia do Brasil na Copa do Mundo de 2018 (Foto: Paulo Nonato de Souza)
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