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Esportes

De MS para a Rússia, Mário tem “ingresso de risco” da final com Brasil

Ingressos foram comprados pelo sistema “Follow your team” em que o torcedor escolhe qual seleção deseja seguir na Copa

De Samara, Paulo Nonato de Souza | 02/07/2018 06:51
Prontos para torcer pelo Brasil, Mário Grassi, de Três Lagoas, com dois dos parceiros paulistas que vieram para a Copa do Mundo na Rússia (Foto: Paulo Nonato de Souza)
Prontos para torcer pelo Brasil, Mário Grassi, de Três Lagoas, com dois dos parceiros paulistas que vieram para a Copa do Mundo na Rússia (Foto: Paulo Nonato de Souza)

De Três Lagoas para a realização do sonho de ver de perto a Seleção Brasileira jogar em uma Copa do Mundo. É a história de Mário Grassi, de 41 anos, que desembarcou na Rússia no dia 28, quinta-feira da semana passada, já com ingressos comprados para as quartas de final, semifinal e final por preços entre 280 e 500 dólares, todos condicionados à presença do Brasil em campo.

“Nem preciso falar da minha confiança no Brasil, e o primeiro passo é hoje contra o México. A gente passando pelo México vamos para as quartas, depois a semifinal e a final. A nossa seleção é o que realmente interessa para todos nós brasileiros, mas vou tentar ver amanhã o jogo Colômbia e Inglaterra pelas oitavas, só não tenho ingresso ainda”, disse Mário Grassi ao Campo Grande News.

Mário Grassi tem um tipo de ingresso vendido pela Fifa no sistema chamado “Follow your team” em que o torcedor escolhe qual seleção deseja seguir na Copa do Mundo. É uma compra de risco, considerando que os ingressos são comercializados vários meses antes de a competição começar, e o Brasil ainda precisa passar pelo México, nesta segunda-feira, às 10h (MS), em confronto das oitavas de final antes de chegar às quartas de final.

“A Fifa diz que devolve o dinheiro se o time escolhido para seguir não estiver nesses jogos, mas estou feliz por estar aqui na Rússia para ver a nossa seleção de perto, no estádio, e não pela tevê. Sempre foi o meu sonho, desde criança, e acho que esse é o sonho de todo brasileiro, porque o futebol faz parte da nossa cultura, independente da situação política e econômica do nosso país, uma coisa nada tem a ver com a outra”, comentou.

Segundo Maria Grassi, seu filho de 9 anos também queria vir para a Rússia. “Aí eu disse para ele: filho, eu te entendo, mas veja bem. O pai tem 41 anos e essa é a minha primeira Copa do Mundo, você só tem 9 anos, então vai ter muito caminho pela frente para realizar o teu sonho”.

Funcionário da indústria de celulose Fibria, em Três Lagoas, Mário contou que ele e outros 10 amigos, só ele de Mato Grosso do Sul, os demais do interior de São Paulo, juntaram dinheiro durante quatro anos em uma poupança especialmente aberta com o objetivo de vir para a Copa do Mundo na Rússia.

“Montamos um grupo de 11 pessoas, mas só vieram cinco. Um não veio porque a mulher não deixou, um foi pai em plena Copa e outros por compromissos de trabalho, mas estou aqui firme e forte, registrando tudo com fotos e vídeos, sem deixar escapar nada, e enviando para Três Lagoas”, revelou Mário.

O retorno de Mário Grassi para Três Lagoas está marcado para o dia 16 deste mês, um dia após a grande final da Copa do Mundo. “Se o Brasil for campeão periga eu perder o avião da volta, porque vai ser tanta comemoração que nem faço ideia”, ressaltou.

POR DENTRO DA COPA – Com o enviado especial Paulo Nonato de Souza, o Campo Grande News estará nos passos da Seleção Brasileira e de todos os acontecimentos que vão envolver o Mundial da Rússia. Veja esta e outras notícias no Canal Copa 2018.

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