Calor é o maior adversário para pilotos que vão disputar corrida no Autódromo

Neste sábado, a máxima em Campo Grande foi de 35°C com sensação térmica beirando os 40°C

Por Antonio Bispo | 16/03/2024 17:01

Carros na pista durante classificação neste sábado (Foto: Paulo Francis)

Após cinco anos, o autódromo internacional de Campo Grande voltou a receber as competições da Nascar Brasil, Copa Truck e Copa Hyndai HB20, reunindo pilotos das melhores categorias de todo o país. A corrida acontece neste domingo (17), mas no sábado acontecem os treinos livres e classificação das categorias.

Para além dos problemas mecânicos enfrentados por alguns pilotos, o calor foi o maior adversário entre todos. Isso porque na tarde deste sábado (16), a máxima na Capital alcançou os 35°C com céu totalmente aberto e nenhuma gota de chuva para amenizar as altas temperaturas.

Vindo da cidade de Petrópolis (RJ) e acostumado com os termômetros lá em cima, o piloto Thiago Rizzo, competindo pela Copa Truck contou que vinha com uma evolução boa nos treinos, mas hoje durante a classificação um problema no módulo o fez ser desclassificado.

Apesar do obstáculo, Thiago disse que nada vai impedi-lo de amanhã realizar uma corrida boa. “É fazer uma corrida de recuperação para concluir o máximo, que foi a receita que eu tive no ano passado. Eu entrei no campeonato com esse objetivo de fazer os 25 pontos por etapa e consegui me consagrar campeão da categoria super. Então esse ano eu vou tentar repetir essa receita”, destacou.

Thiago Rizzo ao lado do caminhão que vai competir neste domingo (Foto: Paulo Francis)

Primeira vez competindo em Campo Grande, mas não no Estado, uma vez que já correu no Rally dos Sertões , para o fluminense, a Capital tem recebido muito bem todos os participantes do evento.

“O Autódromo eu não conhecia, primeira vez aqui, participando em corrida de asfalto, mas estou gostando bastante do traçado. O calor é o que está mexendo com a gente, o maior oponente é o calor”, brincou.

Da mesma forma pensa o empresário e também piloto, Edson Leandro dos Reis, de Curitiba (PR), que apesar de conhecer toda a parte administrativa da competição, trabalhando nos bastidores, agora também enfrenta os desafios de quem fica dentro do carro.

“Foi a primeira vez que eu vim para cá, a primeira vez nesta pista que eu achei um traçado fantástico, muito técnico, difícil. Espero que a gente continue todos os anos voltando porque eu gostei bastante. Nosso carro é bem fechado, então sim, o calor é um adversário. Mas é o que eu falo, é quente para todo mundo. Então todos estão passando calor, tendo que se hidratar muito e faz parte. Que vença melhor,”, declarou.

Empresário e piloto Edson Leandro dos Reis junto do seu carro de competição (Foto: Paulo Francis)

Para o estreante nas pistas pela Copa Truck, Lucas Bornmann, também da cidade de Curitiba (PR), e competindo com um caminhão montado em tempo recorde, em pouco mais de 70 dias, a mudança de categoria é um desafio e tanto, mas as expectativas pelo melhor seguem altas.

“A gente teve alguns problemas técnicos que já esperava enfrentar. Com isso eu não consegui ainda andar muito no caminhão, sentir ele. Então a ansiedade está maior que a expectativa por enquanto. A ansiedade de poder dar mais algumas voltas, de conseguir largar a primeira vez. Mas vamos lá, vai ser um desafio para a temporada toda. Eu sabia que não ia ser fácil”, disse.

Correndo pela segunda vez na Capital sul-mato-grossense, quando em 2019 estreou pela Copa HB20 e garantiu o terceiro lugar, Lucas espera alcançar o mesmo feito e garantir uma vaga no pódio neste domingo (17).

“Hoje na classificação a gente saiu aqui com 60°C de temperatura na pista. Isso para o pneu, para o freio e para o motor é muita temperatura, é algo que vai judiar. Mas também é algo que a gente vai poder usar como estratégia, porque quem souber poupar para o fim da corrida vai se dar bem com certeza”, finalizou.