Calor foi maior desafio de competidores em prova de mountain bike
Competição faz parte de etapa do Campeonato Estadual da modalidade
O distrito de Rochedinho, a cerca de 30 km de Campo Grande, recebeu neste domingo a etapa do Campeonato Estadual de Mountain Bike. O evento reuniu cerca de 300 participantes, mas o maior desafio acabou sendo o calorão deste domingo, que passou dos 30ºC.
Entre os competidores estava o analista de transportes Luciano Martins Mariano, de 43 anos. Ele conta que pedala há quatro anos, mas ficou 17 dias inativo.
“O calor judiou bastante da gente, mas o percurso é muito bom. Só que o calor atrapalhou tudo. Quem já está há mais dias fazendo seus treinos, está mais preparado, mas para o calor, para o sol e para essa subida ninguém nunca está pronto o suficiente”, conta.
Para escapar do calor, o jeito foi levar mais água para a prova. “Trouxe um litro de água na garrafa, e três litros na mochila, e não deu. Acabou no meio da prova. A gente vai jogando água no corpo, vai tomando e ela esquenta muito rápido devido ao calor”, completou.
A nutricionista Loana Freitas, de 33 anos, conta que pedala desde 2019. “Estou tentando treinar, mas assim, não como gostaria. Imaginei que ia estar quente, mas não tanto. Pensei em desistir nos dez primeiros quilômetros. Na primeira subida achei que não ia aguentar. O corpo estava pegando fogo, que foi bem na primeira subida e parou de ventar. O corpo começou a esquentar”, relata.
“O que me fez não desistir é saber que não é opção. Tinha isso em mente, treinei para estar aqui. A gente só para se desmaiar. Acabou a água, estava bem atípico. Nunca peguei tanto calor assim”, completou a nutricionista.
Bruno Pinheiro Machado, de 27 anos, é borracheiro e conta que esta participando de uma competição pela terceira vez. “Desde quando pedalo foi o percurso mais pesado de todos. Muito sol. Naquela serra estava subindo um mormaço das pedras. Estava muito pesado. Trouxe duas garrafinhas, mais uma nas costas e parei nos dois pontos de apoio. Acabou toda a água”, diz.
Entre os participantes estava Gilvan Pereira da Silva, de 40 anos, vencedor da prova para PcD (pessoas com deficiência). O auxiliar administrativo perdeu a perna esquerda em um acidente de motocicleta, em 2010, e começou a pedalar somente dez anos depois.
“A alimentação não está no corpo, está na cabeça. Comecei através de um amigo, antes do acidente tinha uma rotina de corrida de 7 km todo dia. Fui me adaptando as novas realidades da vida. Pena que descobri o ciclismo um pouco tarde”, relata.
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