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Fã incondicional, Paulo César coleciona álbuns da Copa do Mundo há 48 anos

Paixão nasceu aos 12 anos e acervo pessoal conta com exemplares desde 1930

Natália Olliver | 13/09/2022 10:17
Fã incondicional, Paulo César coleciona álbuns da Copa do Mundo há 48 anos
Paulo César com edições das Copas de 1962, 1970 e 1974, as favoritas do seu acervo. (Fotos Kísie Ainoã)

Guardar os álbuns da Copa do Mundo pode parecer uma vontade adolescente ou desejo de criança, mas para um campo-grandense é voltar a um tempo de glória. Paulo César Silvério Barbosa, de 60 anos, guarda álbuns da Copa do Mundo há 48 anos anos. O acervo pessoal conta com relíquias de 1930.

A paixão pelo futebol é coisa de família. Nascido na Copa de 1962, o garoto foi influenciado pelo pai a colecionar álbuns. Ele tomou gosto pela então “brincadeira” em 1974, aos 12 anos, quando começou de fato a juntar os itens.

Quatro anos depois, Paulo completou o primeiro álbum solo. O colecionador nunca deixou de fomentar a paixão pelas páginas carregadas de história, nem mesmo depois do nascimento dos três filhos.

A paixão por colecionar álbuns foi passada de geração para geração. Hoje, dois dos três "herdeiros" apreciam o costume e gostam do assunto. Para Paulo, colecionar álbuns  aproxima familiares “O que mais gosto é ver pais e filhos, avós e avôs juntos. Isso cria, socializa,”revelou.


Entre tantas páginas históricas, o primeiro, conquistado junto com o pai, é o mais significativo. “O que mais marcou pra mim foi o primeiro, que meu pai me ajudou em 1974,  e todos os álbuns já com meus filhos. Eu sempre busquei isso para ter meus filhos junto comigo”, contou. Além dessa edição, a de 1970 e 1974 também são especiais para o colecionador.

“Nasci na Copa do Mundo, quando o Brasil foi campeão, em 1962. Pra mim tem um valor muito importante. Na minha infância uma importante foi a copa de 70, com meus 8 anos. Em termos de álbum de copa, é a mais importante, são mais caros, não tem nem o porque. Foi lá que foi um ‘bum”.

Para ele, a copa de 1970 é o período tão especial, que Paulo sonha em conseguir o álbum original da época, sem as figurinhas “É a copa mais importante para quem coleciona, mas muito difícil. Quero um álbum zerado, com figurinhas amareladas pelo tempo” comentou.

Fã incondicional, Paulo César coleciona álbuns da Copa do Mundo há 48 anos
Álbum de 1982, da Copa do Mundo na Espanha. (Foto: Kisie Ainoã)

Preço - Colecionar os álbuns pode ser um hobby caro. Paulo revelou que a edição mais valiosa do acervo pessoal são as duas da Copa de 70, reprint (réplica fiel). “Um álbum de 70, da Panini, sem figurinha é de R$ 8 a 10 mil, com figurinhas originais. Sem ser coladas, tem de 100 a 200 mil”. Este ano, o colecionador quase fechou negócio por  R$ 22 mil, o álbum completo de 1970, mas desistiu ao perceber que não era original. “ A gente que coleciona sabe, vi que estava com brilho e identifiquei que não era possível, era reprint”.

Dificuldade -  Para colecionadores, questões como o idioma são impedimento para  encontrar os itens. Alguns álbuns não são vendidos em português porque a editora Panini, responsável pela distribuição dos álbuns, só começou a ser comercializada no idioma pela editora em 1990, em sociedade com a revista Abril Cultural. Outro fator que dificulta completar o álbum, este ano, é a numeração da figurinhas. “Esse álbum agora tem um diferencial. Ele tem uma certa dificuldade pela numeração. Todo álbum vem numerado de 0 a x. Mas, o que se torna difícil é que cada país tem uma numeração”, acrescentou.

Pandemia -  Este ano as pessoas estão mais entusiasmadas com a Copa, segundo o colecionador, a euforia lembra a Copa de 1970. “A Panini não estava preparada e teve um aumento expressivo, ninguém sabe o porquê. Por isso está faltando figurinha, ela não está dando conta de suprir. Essa está totalmente fora do padrão”, finalizou.

Confira a galeria de imagens:

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