Apesar de especulações sobre sua saída, ministra mantém agenda de ações em 2025
Cida Gonçalves desconversa sobre demissão em reforma de Lula e divulga agenda de trabalhos deste ano
A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, segue com um planejamento intenso de trabalhos para 2025, mesmo diante de especulações sobre sua saída do cargo na reforma ministerial programada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
RESUMO
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A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, mantém agenda de ações para 2025, apesar de especulações sobre sua saída do cargo na reforma ministerial. Ela destacou a inauguração de centros de referência para mulheres, parcerias ambientais e avanço de obras. Prevê-se a inauguração de 13 centros de referência e 7 casas da mulher brasileira. A ministra também mencionou a campanha "Feminicídio Zero" e a implementação da Lei da Igualdade Salarial. Em 2025, ocorrerão conferências estaduais e nacional sobre políticas para mulheres. Sua gestão enfrenta acusações de assédio moral e xenofobia, investigadas pela CGU e CEP. Luciana Santos é cotada para substituí-la no ministério. Cida reforça o apoio do governo Lula e movimentos sociais às políticas para mulheres.
A expectativa é que, no próximo mês, o governo passe por mudanças, e a ministra sul-mato-grossense seja uma das exonerações previstas. Porém, Cida não deixou de destacar as ações que estão sendo implementadas em sua pasta.
Para a reportagem do Campo Grande News, a ministra traçou um panorama das iniciativas que a pasta já iniciou neste início de ano. "Iniciamos 2025 com um trabalho intenso", afirmou Cida Gonçalves, destacando a inauguração do primeiro Centro de Referência da Mulher Brasileira da Região Norte, em Cruzeiro do Sul, no Acre, em janeiro.
Além disso, parcerias importantes na área ambiental foram firmadas, e a ministra ressaltou o avanço das obras de infraestrutura voltadas ao atendimento das mulheres em todo o Brasil.
Cida anunciou que ao longo de 2025 serão inaugurados outros 13 Centros de Referência, sendo seis deles no mês de março. Também está prevista a inauguração de sete das 27 Casas da Mulher Brasileira em implementação, todas com o objetivo de garantir um atendimento mais eficaz e acessível às mulheres em situação de vulnerabilidade.
Outro ponto de destaque em sua fala foi a mobilização em torno da campanha "Feminicídio Zero", que ganhará novas ações e parcerias em março, inclusive durante o Carnaval.
A ministra também destacou o avanço de uma pauta histórica do movimento de mulheres: a implementação da Lei da Igualdade Salarial entre homens e mulheres, uma prioridade do governo Lula e uma das suas bandeiras à frente da pasta.
Cida revelou ainda que 2025 será um ano crucial para as políticas públicas voltadas às mulheres, com a realização das conferências estaduais, culminando na conferência nacional, marcada para setembro e outubro. Após nove anos sem diálogo com a sociedade civil, Cida se compromete a garantir a participação das mulheres nesse processo.
Polêmica - No entanto, sua gestão não esteve imune a polêmicas. Há duas semanas, a ministra enfrentou acusações de assédio moral e xenofobia, feitas por ex-servidoras de sua equipe.
Os relatos apontam para práticas de hostilidade, cobranças excessivas e discriminação. Cida negou as acusações e se defendeu, afirmando que seu estilo de liderança se caracteriza pela cobrança de resultados. O caso está sendo investigado pela Controladoria-Geral da União (CGU) e pela Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência da República.
Com a reforma ministerial se aproximando, é provável que Cida Gonçalves seja substituída. A ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, é uma das cotadas para assumir o Ministério das Mulheres. Caso a exoneração se confirme, o Estado de Mato Grosso do Sul continuará com apenas uma representante no primeiro escalão, a ministra Simone Tebet, do Planejamento e Orçamento.
Mesmo assim, Cida Gonçalves segue à frente de sua pasta, reforçando que a implementação de políticas públicas em defesa das mulheres é uma prioridade do governo Lula, com forte apoio dos movimentos sociais e das mulheres. "Estou conduzindo todo esse trabalho com o apoio dos movimentos sociais, das mulheres e do presidente Lula", concluiu a ministra.
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