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Esportes

Maior medalhista paralímpico, Daniel Dias conta prévia dos "Valores de Ouro"

Nadador fará noite de autógrafos na Livraria Leitura, das 18h às 22h, desta segunda-feira para promover livro

Por Gabriel de Matos | 29/07/2024 17:19
Daniel Dias segurando seu livro no Rádio Clube de Campo Grande (Foto: Gabriel de Matos) 
Daniel Dias segurando seu livro no Rádio Clube de Campo Grande (Foto: Gabriel de Matos)

O maior medalhista paralímpico da história do Brasil, o nadador Daniel Dias está em Campo Grande. Antes da noite de autógrafos prevista para esta segunda-feira (29), ele visitou a piscina do Rádio Clube Cidade no Centro de Campo Grande. Em entrevista, o campeão deu uma prévia do seu livro “Valores de Ouro – Os Princípios que Transformaram a Minha História”.

Muito alegre e empolgado com a cidade, Daniel destacou que a obra conta a história de vida do paratleta. "Através de um livro, as pessoas podem conhecer um pouco mais da minha história e um pouco dos valores que eu trago. O primeiro que eu trago é sobre a fé, que me manteve firme em momentos desafiadores da minha vida".

Atualmente com 36 anos, ele nasceu em São Paulo, mas viveu grande parte da vida na cidade de Camanducaia, interior de Minas Gerais. Ele colecionou 27 medalhas, sendo 14 de ouro, em quatro edições dos Jogos Paralímpicos (Pequim 2008, Londres 2012, Brasil 2016 e Tóquio 2020).

Daniel ainda é detentor do recorde mundial nas provas de 100m e 200m nado peito, 100m costas e 200m borboleta e o recordista nos Jogos Parapan-americanos com 24 medalhas de ouro.

Livro Valores de Ouro escrito por Daniel Dias com Marcos Bulzara (Foto: Gabriel de Matos)
Livro Valores de Ouro escrito por Daniel Dias com Marcos Bulzara (Foto: Gabriel de Matos)

Muito grato ao esporte, Daniel se mostrou muito feliz ao falar sobre sua importância para o paradesporto brasileiro e na luta contra o preconceito. "Eu entendi que na água, a vida é muito além de uma falta de braço, uma falta de perna, não é isso que me define. O que me define é o que tem dentro de mim e é isso que eu levo para a minha vida e carrego comigo até hoje".

O nadador descreveu o trabalho do Instituto Daniel Dias. De acordo com o site, são cerca 192 alunos atendidos. O intuito é proporcionar às crianças e adolescentes com deficiência um esporte. "E aí sempre me perguntam, mas será que a gente vai ter criança suficiente? Eu afirmo que com toda certeza a gente vai ter criança suficiente. Pode parecer que não, gente, mas a gente tem muita criança com deficiência em casa, sem querer sair de casa. Quando a gente chega com um projeto como esse, a gente traz essa criança pra realidade, pra uma vida social de fato".

Ele também relembrou o começo na vida esportiva e foi em uma modalidade longe da natação. "Eu acho que quando eu falei do esporte ter transformado minha vida, foi porque eu sempre fui uma criança muito ativa, eu sempre fiz esporte na minha vida, mas eu não conheci o esporte paralímpico. Quando eu venho a conhecer este fato, eu cheguei com a vontade de, em nenhum momento, você vai falar, você já pensou na natação? Não. A natação não passava nem na minha cabeça, então a natação que me escolheu. E aí eu quis fazer basquete, basquete em cadeira de rodas, no paralímpico. Não deu certo, não tinha talento".

Sobre a visita a Campo Grande, ele explicou que a editora Life, responsável pela impressão e distribuição da obra, tem sede na Capital. Além disso, elogiou o cenário paralímpico de Mato Grosso do Sul. "Eu sempre tenho uma vontade muito grande dos lugares que eu vou e conheço e vejo potencial. Aqui é um lugar que eu vejo grande potencial para isso".

Página interna e orelha do livro de Daniel Dias, da editora Life (Foto: Gabriel de Matos)
Página interna e orelha do livro de Daniel Dias, da editora Life (Foto: Gabriel de Matos)

Daniel descreveu o trabalho e o objetivo do Instituto Daniel Dias. De acordo com o site, são cerca 192 alunos atendidos. O objetivo é proporcionar às crianças e adolescentes com deficiência. "E aí sempre me perguntam, mas será que a gente vai ter criança suficiente? Eu afirmo que com toda certeza a gente vai ter criança suficiente. Pode parecer que não, gente, mas a gente tem muita criança com deficiência em casa, sem querer sair de casa. Quando a gente chega com um projeto como esse, a gente traz essa criança pra realidade, pra uma vida social de fato".

Por fim, ele analisou o Time Brasil que disputará a natação paralímpica nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024. "A gente tem bons nomes. O nosso time feminino vai vir muito forte. A Carol vai puxar essa fila aí, mas tem a Maria e tem a Cecília que são bons nomes que vão estar vindo. No masculino, o Gabrielzinho é um nome que eu destaco. Samuca que é da minha categoria está batendo todos os meus recordes".

Daniel Dias levandando medalha nos Jogos Paralímpicos do Rio 2016 (Foto: Fernando Maia/MPIX/CPB)
Daniel Dias levandando medalha nos Jogos Paralímpicos do Rio 2016 (Foto: Fernando Maia/MPIX/CPB)

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