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Esportes

Na disputa pelo 3º lugar, jogo do Flamengo não anima torcida em Campo Grande

Flamengo joga contra o time egípcio Al-Ahly, no Estádio Ibn Batouta, em Tanger, no Marrocos

Silvia Frias e Bruna Marques | 11/02/2023 12:00
Embora reduzida, torcida está atenta ao jogo no Mundial de Clubes. (Foto: Henrique Kawaminami)
Embora reduzida, torcida está atenta ao jogo no Mundial de Clubes. (Foto: Henrique Kawaminami)

A disputa pelo terceiro lugar no Mundial de Clubes pode ter desanimado os flamenguistas em Campo Grande. Na sede da torcida organizada do Flamengo, poucos rubro-negros foram até o local, garantindo que seguem até o fim com o time.

A reportagem passou pelo local no início do primeiro tempo e, naquele momento, somente seis pessoas assistiam ao jogo. Pouco depois, chegaram mais torcedores, chegando a cerca de 15 pessoas.

Sede da torcida organizada reúne poucos torcedores hoje. (Foto: Henrique Kawaminami)
Sede da torcida organizada reúne poucos torcedores hoje. (Foto: Henrique Kawaminami)

“Sentimento é de frustração, você pode ver aqui hoje”, disse Kelli Aguiar, 42 anos, arte educadora de profissão e “flamenguista a vida toda”, como se define. “Eu acredito que está vazio por isso, porque os torcedores estão frustrados”.

Kelli é monitora da torcida feminina, composta por 30 filiadas. Está na torcida há 14 anos. Na ala masculina, são 50, mas a sede costuma ficar lotada por apaixonados pelo time que não estão na torcida organizada. Hoje, o cenário é um pouco diferente.

Torcedor lamenta gol perdido. (Foto: Henrique Kawaminami)
Torcedor lamenta gol perdido. (Foto: Henrique Kawaminami)

O Flamengo disputa o terceiro lugar no Mundial de Clubes contra o Al-Ahly, do Egito. O time rubro-negro perdeu para o Ah-Hilal, da Arábia Saudita, que irá disputar a final contra o Real Madrid.

“Não desmerecendo o time oponente, mas nós tínhamos certeza da vitória, é doloroso demais, porque nos acompanhamos o clube o ano todo, todos os jogos e campeonatos, aí pega o Mundial sabendo que tinha tudo para ser campeão e não foi”, resumiu Kelli.

Na família, todo mundo é flamenguista e o marido de Kelli, o monitor de alunos Lauro

Lauro diz que Flamengo é religião. (Foto: Henrique Kawaminami)
Lauro diz que Flamengo é religião. (Foto: Henrique Kawaminami)

Aparecido Cunha, 44 anos, estava presente para torcer pelo Flamengo. “Eu não vi o primeiro mundial que o time ganhou, agora é um sonho que se frustrou”, disse, desapontado.

“Flamengo é uma religião”, resumiu Cunha. Quando conheceu Kelli, a primeira pergunta que um fez ao outro era qual time torcia. O filho, de 17 anos, acompanha o casal em jogos desde os 3 anos e não pode nem pensar em mudar de time. “Se fizer isso, vai ser deserdado”, brincou, mas, nem tanto.

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