Na disputa pelo 3º lugar, jogo do Flamengo não anima torcida em Campo Grande
Flamengo joga contra o time egípcio Al-Ahly, no Estádio Ibn Batouta, em Tanger, no Marrocos
A disputa pelo terceiro lugar no Mundial de Clubes pode ter desanimado os flamenguistas em Campo Grande. Na sede da torcida organizada do Flamengo, poucos rubro-negros foram até o local, garantindo que seguem até o fim com o time.
A reportagem passou pelo local no início do primeiro tempo e, naquele momento, somente seis pessoas assistiam ao jogo. Pouco depois, chegaram mais torcedores, chegando a cerca de 15 pessoas.
“Sentimento é de frustração, você pode ver aqui hoje”, disse Kelli Aguiar, 42 anos, arte educadora de profissão e “flamenguista a vida toda”, como se define. “Eu acredito que está vazio por isso, porque os torcedores estão frustrados”.
Kelli é monitora da torcida feminina, composta por 30 filiadas. Está na torcida há 14 anos. Na ala masculina, são 50, mas a sede costuma ficar lotada por apaixonados pelo time que não estão na torcida organizada. Hoje, o cenário é um pouco diferente.
O Flamengo disputa o terceiro lugar no Mundial de Clubes contra o Al-Ahly, do Egito. O time rubro-negro perdeu para o Ah-Hilal, da Arábia Saudita, que irá disputar a final contra o Real Madrid.
“Não desmerecendo o time oponente, mas nós tínhamos certeza da vitória, é doloroso demais, porque nos acompanhamos o clube o ano todo, todos os jogos e campeonatos, aí pega o Mundial sabendo que tinha tudo para ser campeão e não foi”, resumiu Kelli.
Na família, todo mundo é flamenguista e o marido de Kelli, o monitor de alunos Lauro
Aparecido Cunha, 44 anos, estava presente para torcer pelo Flamengo. “Eu não vi o primeiro mundial que o time ganhou, agora é um sonho que se frustrou”, disse, desapontado.
“Flamengo é uma religião”, resumiu Cunha. Quando conheceu Kelli, a primeira pergunta que um fez ao outro era qual time torcia. O filho, de 17 anos, acompanha o casal em jogos desde os 3 anos e não pode nem pensar em mudar de time. “Se fizer isso, vai ser deserdado”, brincou, mas, nem tanto.