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Esportes

Novoperário pode ser multado em R$ 3 milhões por venda casada

Zana Zaidan | 29/01/2014 17:11

Depois da confusão que marcou a venda de ingressos para o jogo entre Novoperário e Comercial, no último domingo (26), o mandante do jogo pode receber uma multa do Procon/MS que chega a R$ 3 milhões. A punição é referente a três irregularidades que teriam sido cometidas: a venda casada do ingresso junto com o título de capitalização Pantanal Cap, o descumprimento da lei da meia-entrada e a falta de clareza nas informações fornecidas para o torcedor. 

Além de pesar no bolso do time, o Novoperário também pode ser condenado a restituir o valor do ingresso a todos os que não conseguiram comprar meia-entrada e ser proibido de promover novas partidas, explica a superintendente em exercício do órgão de defesa do consumidor, Ana Cecília Duncan.

Duncan rebateu, ainda, as informações do presidente do clube, Américo Ferreira, de que o Procon teria dado aval para a venda ingresso condicionada ao recebimento do Pantanal Cap. “Não fomos consultados nesse sentido. Se essa foi realmente a proposta, o torcedor deveria ter sido previamente informado, e de forma clara, com cartazes e ampla divulgação da promoção”, esclarece Duncan, que está à frente do órgão desde o dia 15, quando o superintendente Alexandre Rezende entrou de férias.

No dia seguinte à partida, dois fiscais do Procon entraram em contato com o promotor do evento, Eduardo Maluf, para checar as denúncias dos torcedores. Ambos negociaram uma reunião entre o empresário e Rezende, que volta ao cargo amanhã, onde ele deve se defender sobre as supostas irregularidades e firmar um acordo com o órgão. O encontro vai acontecer até sexta-feira, ainda segundo Duncan.

A superintende frisa que as punições estão previstas no Código de Defesa do Consumidor e, antes de qualquer medida, Maluf será ouvido para, só então, serem definidas as medidas tomadas. “Tudo depende da quantidade de pessoas atingidas, que vamos constatar durante essa reunião, e de como ele (Maluf) vai ser prontificar a reparar o dano”, finaliza.

O caso – No domingo, houve muita reclamação por parte dos torcedores devido às filas nas bilheterias e por não encontrarem a meia-entrada. O Novoperário explicou que a meia era vendida em uma das bilheterias, enquanto, na outra, filas se formavam por causa do cadastro feito para levar o Pantanal Cap.

O presidente do clube, Américo Ferreira, afirmou que a promoção tinha sido acordada com o Procon. “Houve sim uma consulta ao Procon para saber se era legal vendermos o ingresso e dar o título da capitalização junto, seguimos as recomendações de deixar o torcedor livre para também não querer isso, por isso a outra bilheteria”, argumentou.

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