Novoperário admite "falha na comunicação" sobre venda de meia entrada
O clássico Novoperário e Comercial disputado neste domingo chamou mais atenção do que aconteceu fora das quatro linhas do que dentro de campo. Tudo porque houve muita reclamação por parte dos torcedores dos dois lados pelas filas nas bilheterias e por não encontrarem a meia entrada. O mandante do jogo, o Novo Galo se responsabiliza pelo transtorno e explica que existia uma bilheteria para a meia entrada. Já as filas foram resultado do cadastro para o torcedor levar o Pantanal Cap.
Muitos torcedores entraram com mais de 20 minutos após a bola rolar. A situação irritou muitos deles. “Muita desorganização, cobram para virmos ao estádio, quando chegamos aqui temos transtorno?” questiona o torcedor Vicente Almeida, vendedor de 54 anos.
Durante todo o jogo os torcedores questionavam entre si e com a imprensa, sobre a resposta dada na bilheteria para não comercializar ali a meia entrada. A maioria dizia que havia um acordo com o Procon (Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor), o que os deixavam mais irritados. “Houve sim uma consulta ao Procon para saber se era legal vendermos o ingresso e dar o título da capitalização junto, seguimos as recomendações de deixar o torcedor livre para também não querer isso, por isso a outra bilheteria”, argumenta o presidente do Novoperário, Américo Ferreira.
De acordo com Américo, havia uma bilheteria para meia entrada sinalizada com um cartaz, e para quem não queria ganhar o título de capitalização (Pantanal Cap), como foi anunciado. “Fizemos um ingresso promocional, aquelas pessoas que tem direito a meia entrada ou não queriam o Pantanal Cap, tinham a bilheteria”, explica Ferreira.
Em seguida Américo humildemente admite erro por parte do Novoperário. “A culpa foi nossa, devíamos ter informado mais”, lamenta o presidente.
Sobre as filas, ele retira a culpa do mau costume dos torcedores, de chegar as vésperas da partida e ter causado as imensas filas, para em um jogo que registrou menos de 2 mil pessoas. “A questão de cada um preencher o formulário do Pantanal Cap tenha gerado essas filas, vamos bolar outra alternativa para não acontecer mais”, avisa.
O presidente ainda reintera que todos que tem acesso livre ao Morenão também precisam passar pela burocracia de retirar um bilhete comprovando sua entrada. “Tudo para estarem garantir a cobertura do seguro do torcedor”, completa.
O Campo Grande News tentou por várias vezes o contato com o Procon, mas até o fechamento desta matéria, nenhuma ligação foi retornada.