Obras no Morenão vão custar 70% de fundo gerido pelo Procon-MS
Em contrapartida, órgão deve contar com uma base de apoio para atendimento no estádio. Obras devem começar somente em abril
As obras de restauração do estádio Morenão, em Campo Grande, terão custo de R$ 4 milhões a R$ 4,5 milhões, cerca de 70% de todo o recurso que há disponível no Fundo Estadual de Defesa do Consumidor, gerido pelo Procon-MS (Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor).
O fundo é composto por arrecadações em multas aplicadas em casos de infração à legislação de consumo e tem como destino os custos do órgão fiscalizador, como diárias, compras de veículos, entre outros.
De acordo com o superintendente do Procon-MS, Marcelo Salomão, o uso deste recurso para custear as obras do Morenão foi sugerida durante reuniões do Conselho Estadual de Defesa do Consumidor. A ideia foi levada e aprovada pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB).
Segundo Salomão, o mesmo conselho ainda precisa aprova a utilização dos valores citados, mas “deve passar sem problemas”. Atualmente, o fundo conta com cerca de R$ 6,5 milhões. Salomão disse ser favorável destino do recurso por haver “relação de consumo”, já que os torcedores também são consumidores e serão diretamente beneficiados com as reformas do estádio.
Em contrapartida, o órgão deve contar com uma base de apoio para atendimento no estádio. Também há possibilidade do estádio abrigar outras secretarias ou autarquias, como a Fundesporte (Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul). “Nada mais juto que o infrator da relação de consumo pagar pela reforma do Morenão”, completa.
Durante coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira (17), foi divulgado que a Federação Estadual de Futebol e a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) vão assumir os reparos para liberação do estádio para o Campeonato Sul-mato-grossense de 2020. A reforma mais ampla ficará para abril, após o fim do torneio.