Operação contra manipulação de jogos cumpre mandado em MS
Alvos são jogadores profissionais e apostadores que manipulavam resultados de partidas
A Operação Penalidade Máxima III, contra manipulação de jogos de futebol, cumpre nesta terça-feira mandados de busca e apreensão em Mato Grosso do Sul e outros quatro estados. Ao todo, são dez mandados em oito municípios, entre eles Bataguassu, a 335 km de Campo Grande.
Até o momento ninguém foi preso e também nenhum nome foi divulgado, mas os alvos são jogadores profissionais e apostadores envolvidos em esquema para garantir resultados de jogos. Os atletas recebiam grandes quantias para levar punição com cartão amarelo ou vermelho, cometer pênalti ou arrumar manobras para perder, o que favorecia o grupo em apostas esportivas.
O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de Goiás e a CSI (Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência) coordenam a operação com apoio da Polícia Militar de Goiás, do Cyber Gaeco (SP), e dos Gaecos de Mato Grosso do Sul, Paraíba e Rio de Janeiro.
A investigação apura a atuação de organização criminosa que fraudou resultados de jogos de futebol. As partidas envolvidas são as seguintes:
- Avaí x Flamengo, pelo Brasileirão de 2022
- Náutico x Sampaio Corrêa, pela Série B do Brasileiro de 2022
- Náutico x Criciúma, pela Série B do Brasileiro de 2022
- Goiânia x Aparecidense, pelo Goianão de 2023
- Goiás x Goiânia, pelo Goianão de 2023
- Nacional x Auto Esporte, pelo Paraibano de 2023
- Sousa x Auto Esporte, pelo Paraibano de 2023
Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Estadual dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa e Lavagem ou Ocultação de Bens Direitos e Valores, e, além de Bataguassu, estão sendo cumpridos nos municípios de Goiânia (GO), Campina Grande (PB), Nilópolis (RJ), Santana do Parnaíba (SP), São Paulo (SP), Volta Redonda (RJ) e Votuporanga (SP).
De acordo com o Ministério Público de Goiás, a operação de hoje é desdobramento das operações deflagradas em fevereiro e abril deste ano e que resultaram, até o momento, em três denúncias recebidas pelo Judiciário, com 32 pessoas acusadas de crimes de integrar organização criminosa e corrupção em âmbito desportivo.
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