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Esportes

Socos, chutes e "pimenta" na cara: vídeos mostram "papelão" em jogo do Estadual

Dois envolvidos na confusão são um coronel e subtenente da Polícia Militar

Adriano Fernandes | 20/02/2022 21:24


Vídeos nos quais Campo Grande News teve acesso mostram a pancadaria que ocorreu após a derrota por 1 a 0 do Operário para o Costa Rica, na tarde deste domingo (20), em Sidrolândia, pela 6ª  rodada do Campeonato Estadual de futebol.

A briga começou no vestiário do Estádio Sotero Zárate, inicialmente entre os próprios jogadores, mas envolveu até os seguranças contratados para o evento. Imagens de uma das emissoras que transmitiram o jogo mostram um homem de amarelo, que supostamente seria diretor do Operário, dando um soco no rosto do segurança, que fica enfurecido.

Na sequência, vídeo de outro ângulo já mostra o segurança partindo para cima do homem, que leva chutes e porradas até cair. "Ele é coronel. Ele é coronel", repete um dos envolvidos na confusão. Outro flagrante mostra um policial militar dispersando a multidão utilizando spray de pimenta.

As vítimas das agressões seriam Nelson Antonio da Silva, coronel da Polícia Militar ligado à Casa Militar e Vanderlei Duarte Cabreira, subtenente da Polícia Militar pertencente ao quadro de servidores do Ministério Público Estadual.

Aos policiais que atenderam a ocorrência, eles alegaram que estavam "separando uma briga generalizada", quando foram surpreendidos pelos seguranças. Entre eles, Diogo Rafael Valençuela, que aparece partindo para cima de uma das vítimas.

O caso foi registrado como vias de fato na Polícia Civil de Sidrolândia, pelos policiais militares que acabaram com a pancadaria. Na sequência, entretanto, Nelson e Vanderlei compareceram na delegacia e solicitaram que a ocorrência "fosse arquivada", pois não tinham interesse em representar criminalmente contra o segurança.

Motivo - De acordo com o goleiro reserva do Costa Rica, Rodolfo Fagundes, a discussão começou depois que supostamente um dos jogadores do Costa Rica teria provocado os rivais. O jogadores do Operário então teriam revidado as provocações no vestiário.

"Mas nada justifica a agressão, são todos pais de família, a partir do momento que partiram para as vias de fato, perderam toda razão. Provocação faz parte do futebol", comentou o goleiro, que estava no vestiário quando a briga começou. Um zagueiro do Costa Rica também teria sido agredido em meio à baderna.

Depois que a Polícia Militar acabou com a briga, os ânimos se acalmaram e as equipes pegaram a estrada de volta para casa. A reportagem entrou em contato com o presidente do Operário Futebol Clube, Estevão Petralhas, e aguarda retorno.

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