Com administração em crise, prefeito recorre mais a Deus
Messiânico – Pastor da Igreja Assembleia de Deus Nova Aliança, o prefeito da Capital, Gilmar Olarte (PP), tem recorrido ainda mais a Deus nos discursos. Ontem, na Câmara Municipal, ele afirmou e reafirmou que com ajuda divina vai vencer as dificuldades de administração do município.
Chapéu – O prefeito da Capital festejou o fato de Campo Grande ser a primeira cidade a elevar o valor pago aos agentes comunitários de saúde e de combate a endemias. Em nenhum momento da solenidade, ele citou que o valor será pago pelo Governo federal. O impacto nos cofres municipais será mínimo.
Nova postura – O presidente do Sindicato dos Servidores Municipais, Marcos Tabosa, mudou de postura em relação ao chefe do Executivo. De ferrenho opositor a Alcides Bernal, ele passou a ser um grande defensor de Gilmar Olarte. Ontem, na Câmara Municipal, o sindicalista não economizou adjetivos para elogiar o chefe do Executivo.
No pasto – Olarte recorreu ao pai, que também era pastor, para defender o atual estilo, devagar, quase parando. Ele explicou que ensinamento paterno indica que deve acompanhar o passo do gado. “Senão quebra a pata do boi se for com pressa”, justificou-se.
Gestos – O prefeito Gilmar Olarte começa a imitar o antecessor, Alcides Bernal. Ele recorre a Deus nos discursos, critica a imprensa, confere o crachá dos jornalistas e até recorre à Guarda Municipal para não conceder entrevistas.
DNA – O novo escândalo no tratamento do câncer em Mato Grosso do Sul envolve, de novo, o médico Adalberto Siufi, ex-presidente do Hospital do Câncer. Desta vez, três pacientes morreram e a clínica, que tem Siufi entre os sócios, não avisou o hospital sobre o problema registrado em um lote de medicamento.
Irritado – O presidente da Santa Casa, Wilson Teslenco, não escondeu a irritação por ter ficado sabendo do problema pela imprensa. As mortes ocorreram em uma clínica terceirizada. A prestação de serviço já foi apontada pelo Ministério da Saúde como o principal problema do hospital.
Viagem – Para evitar problemas com aliados e entre os peemedebistas, o governador André Puccinelli (PMDB) deve reduzir o tempo da viagem aos Estados Unidos. Inicialmente, ele ficaria 15 dias, mas deve ficar só uma semana.
Chiadeira – O deputado estadual Carlos Marun (PMDB) explicou que os peemedebistas ficariam revoltados se o deputado estadual Jerson Domingos (PMDB) assumisse o comando do Estado por 60 dias. O parlamentar é cabo eleitoral declarado de Delcídio do Amaral (PT).
Consolação – A ex-vereadora Tereza Name (PSD) não deverá ficar a ver navios se Delcídio for eleito governador. Ela, que desfalcou a chapa de Reinaldo Azambuja e desistiu de ser candidata a deputada estadual, pode assumir cargo no primeiro escalão de eventual administração petista.
(colaboraram Leonardo Rocha e Zana Zaidan)