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Jogo Aberto

Com reajuste em risco, retaliação começa na Câmara

Lucimar Couto, Mayara Bueno e Humberto Marques | 19/12/2018 06:00

Retaliação – Nos bastidores, a conversa é de a derrubada dos vetos ao Plano Diretor de Campo Grande, por parte dos vereadores, ocorreu em retaliação a atitude do prefeito Marquinhos Trad (PSD) sobre o reajuste salarial dele e dos parlamentares.

Encontro - O Campo Grande News apurou que uma conversa entre integrantes dos poderes Executivo e Legislativo tratou de um possível veto do prefeito ao projeto que reajusta a remuneração dos parlamentares em 47%. Os parlamentares garantiram que, se isso ocorrer, a Câmara derruba o veto.

Sabonete – Em entrevista, os vereadores são bem escorregadios em relação ao assunto. Só falam que tem de ser “uma coisa de cada vez”. Hoje, o projeto de lei que prevê o reajuste está nas mãos do prefeito, após ter sido aprovado por 22 votos favoráveis dos vereadores e 2 contras. Segundo o presidente da Câmara, vereador João Rocha (PSDB), o “rito” do trâmite precisa ser respeitado. Primeiro, o chefe do Executivo municipal decide se veta ou não e, posteriormente, os parlamentares discutem novamente.

Atenção, galera – Em quase todas as situações em que os vereadores precisam votar pela manutenção ou derrubada de determinado veto, a confusão começa já na hora de informar o voto. Isso porque, se o parlamentar quiser manter o veto, precisa dizer “sim”, mas tem gente que confunde com o “não”. Por isso, o presidente da Câmara Municipal, João Rocha, sempre tenta explicar didaticamente como os vereadores têm de responder.

Plano Diretor – A mais recente situação ocorreu ontem, quando os parlamentares tiveram de responder sobre os vetos ao Plano Diretor. “Não estão entendendo o ‘espírito’ do ‘rejeitar e manter’ o veto”, disse aos vereadores, chamando-os, inclusive, para uma reunião de esclarecimentos. “Melhor do que ficar votando na insegurança”.

Herança - O senador eleito Nelsinho Trad (PTB) agiu rápido em Brasília. Já tem onde morar e trabalhar. Garantiu a estrutura do gabinete do senador Moka, que não se reelegeu. O ex-prefeito conseguiu manter o quadro de assessores de Moka, considerado um dos melhores no Senado.

Um fora - O único que não fará parte da equipe de Trad é o jornalista campo-grandense Antônio Carlos Teixeira, ex-Correio do Estado e Diário da Serra. Teixeira preferiu retornar ao seu órgão de origem, o Ministério da Fazenda, onde é concursado.

Up grade - Para o ex-assessor, a troca é up grade. Ele deve comandar a área de comunicação da Receita Federal em todo o país, inclusive a do Paraná, a terra da Operação Lava Jato.

Acabou a mamata? - A partir de 2019, só 180 de 18 mil magistrados devem ter acesso ao auxílio moradia. Em Mato Grosso do Sul, a concessão do benefício deve ser praticamente nula.

Aula magna - Mas por outro lado, os gastos continuam no Poder Judiciário. Nesta semana, foram pagos R$ 54 mil em inscrições para uma noite de palestra em Campo Grande sobre 30 anos da Constituição, com o ministro Luis Roberto Barroso.

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