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Como Delcídio foi parar na geladeira do PT

Waldemar Gonçalves | 17/09/2016 07:00

Delcídio na geladeira – Áudio tornado público ontem pelo jornal Estadão mostra que, à Lava Jato, o ex-senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS) contou ter sofrido dentro do PT durante o primeiro mandato de Lula. Ele disse que, depois da CPI dos Correios, quando comandou “uma investigação duríssima” que culminou no escândalo do Mensalão, em 2005, ele virou um “exilado político” no PT, sendo colocado “na geladeira”.

Eleições de 2006 – Esta situação, ainda segundo declarações do ex-senador aos procuradores da Lava Jato, custaram a ele a disputa ao governo de Mato Grosso do Sul em 2006. “Fui candidato em 2006 a governador, mas um candidato cristianizado, com pouco apoio, perdi as eleições até em função dos desdobramentos da CPI dos Correios”.

Onda anti-PT – Delcídio conta que a situação dentro do PT só virou em 2010, depois de sua campanha à reeleição, quando, lembra ele, teve 1 milhão de votos. “Me candidato novamente ao governo em 2014. Era uma eleição praticamente ganha, eu construí essa eleição, mas aí veio uma onda anti-PT muito forte e eu fui abatido por essa onda também. Perdi no segundo turno”.

Salve geral – O diretor-presidente do Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito), Gerson Claro, facilitou o andamento do evento que lançou em Mato Grosso do Sul a Semana Nacional do Trânsito, ontem pela manhã, em Campo Grande. Ao invés de citar uma por uma das autoridades, como se faz de praxe nestas solenidades, fez um cumprimento geral e logo começou seu discurso. Teve quem, discretamente, sugerisse que a atitude se tornasse frequente.

Trauma necessário – O governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), lembrou que no ano que vem o Hospital do Trauma em Campo Grande já estará pronto e vai ser uma referência às vítimas de acidente no trânsito. Ponderou que, caso houvesse uma redução no número de ocorrências, talvez este hospital sequer fosse necessário.

Pedalada? – Reinaldo brincou com o diretor do Detran-MS, que no seu discurso convidou as autoridades a participar de uma pedalada, parte da campanha de trânsito lançada ontem. "O Gerson (Claro) convidou para a pedalada, eu cheguei até a ficar preocupado, já que esta palavra está muito negativa neste momento no País", ironizou o tucano, ao fazer referência às "pedaladas" que culminaram no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

Sem ataques – O candidato a prefeito Marquinhos Trad (PSD) afirma que não fez e nem fará ataques aos adversários, a exemplo do que, segundo ele, fazem outras campanhas. Comentou que, até agora, não foi obrigado a conceder direito de resposta. Ao contrário, o candidato responderá, no horário eleitoral, a supostos ataques na campanha de Alex do PT.

Calma lá – Acionados na Justiça por conta de problemas no aterro de entulho, o ex-prefeito Nelsinho Trad (PTB) e o atual, Alcides Bernal (PP), usaram quase os mesmos argumentos para negar irregularidades. Tentaram dizer que a existência de possível ilegalidade não configura necessariamente improbidade administrativa.

Sanesul – “A Sanesul (Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul) não será privatizada. Apenas está em andamento um PMI (Procedimento de Manifestação de Interesse) para elaboração, por parte das empresas interessadas, de estudos técnicos destinados à universalização do sistema de esgotamento sanitário nas 68 cidades atendidas pela Sanesul”. Nota da empresa ontem sobre projeto que promete injetar bilhões de reais no setor nos próximos anos.

Santa Casa inaugura – A Santa Casa de Campo Grande deve inaugurar, na próxima semana, dois espaços para diferentes tipos de atendimento. Um deles, a Ala A do 4º andar, será para internação particular ou via convênios. A outra é a Ala C do 3º andar, onde ficará o centro obstétrico para pacientes do sistema público de saúde.

(com Anahi Zurutuza, Mayara Bueno, Viviane de Oliveira e Leonardo Rocha)

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