De olho na eleição, prefeita prevê trocar peças do time

Degola geral – De olho na reeleição, a prefeita Adriane Lopes (PP) promove, até o final do ano, reforma radical no seu primeiro escalão. Pastas e seus titulares já estão definidos, mas os nomes não estão sendo divulgados. O crédito para as trocas é o desempenho dos secretários. Pelo menos nove devem ser substituídos. Não necessariamente secretários. Dentre os mais próximos da chefe do Executivo, estão também os presidentes de fundações e autarquias.

Reprovados – As mudanças vão ocorrer pelo descontentamento da prefeita com o papel que alguns dos seus auxiliares vêm desenvolvendo na administração de Campo Grande.  Na avaliação de secretário que não está na lista “da degola”, esse grupo não tem acompanhado o ritmo da chefe e tem sido o ponto negativo do governo Adriane. Ela quer mais resultados, respostas imediatas aos questionamentos da população, antes que seja tarde e que compromete seu projeto de continuar por mais 4 anos governando a Capital.

Casa de ferreiro... – Ana Cláudia Gomes, presidente do sindicato dos servidores da Assembleia Legislativa, ocupou espaço dos parlamentares ontem (25), na tribuna, para “puxar” a orelha dos seus “chefes”. Cobrou dos deputados “a valorização do capital humano” da Casa de Leis, lembrando que é comum eles defenderem “tantas carreiras” de outros poderes, mas poucas vezes reivindicar melhorias para os funcionários da Assembleia.

...Espeto de pau – A sindicalista disse que “palavras de congratulações” não bastam, é preciso atitudes. Lembrou ter pedido audiência com todos os deputados para “apresentar nossas pautas”, mas ainda aguarda a boa vontade de alguns. Lamentou que o “auxílio-saúde” concedido aos servidores tenha sido de R$ 500 – o pedido foi de R$ 1,5 mil por mês –, restrito aos inativos com salários de até seis mínimos.

Dois pesos, duas medidas – Ao lamentar a taxação de 14% sobre o salário dos inativos para financiar a previdência estadual, aprovada pelos deputados, “sem critério, atingindo até quem ganha salário mínimo”, Ana Cláudia citou o projeto que cria plano de previdência dos parlamentares com recursos públicos e cobrou o Plano de Cargos e Carreiras para os servidores, informando, conforme relatórios financeiro da Casa, que os gastos do Legislativo estadual com o funcionalismo estão muito distante de atingir o limite imposto pela lei.

Guerra d’água – O vereador Ronilço Cruz (Podemos) ameaçou ir à caça de patrocinadores na iniciativa privada para bancar a compra de bebedouros para instalar nos terminais urbanos de ônibus em Campo Grande. Antes, ele fez campanha reclamando da água quente disponível para os usuários do transporte. O vereador chegou a anunciar que iria atrás da Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul) e da concessionária de água, mas recuou ao receber da prefeitura a promessa de aquisição dos bebedouros.

Fazendo escola - O anúncio do governador Eduardo Riedel (PSDB) de que o salário do funcionalismo estadual vai estar na conta no próximo sábado, 28, quando se comemora Dia do Servidor, começa a “ganhar seguidores”. Por enquanto, em etapas. A Prefeitura de Três Lagoas promete antecipar parte do 13º para o dia 30 de novembro, também como forma de “homenagear” os funcionários com dinheiro no bolso.

Só para coroados – A Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul vai desembolsar R$ 200 mil para o cantor Almir Sater animar seleto grupo de convidados dos deputados estaduais que vai receber título de cidadania e comendas do mérito legislativo, no próximo dia 31, no Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo, no Parque dos Poderes.

Tocando em frente – A agenda do músico sul-mato-grossense –mas que para efeito do cachê é considerado nacional, já que portaria da Fundação Estadual de Cultura limita em 40 mil reais o valor pago para os artistas da terra– está cheia com eventos custeados com dinheiro público. No dia 4 de novembro, vai a Festa do Peixe da cidade de Selvíria e embolsa mais R$ 200 mil.

Bechara Jalkh de MS – Dez dias depois de “estourar” depósito com 700 máquinas do jogo do bicho, no Bairro Monte Castelo, em Campo Grande, a polícia continua “muda, cega e surda”.  Primeiro, com os chefes no exterior, patinou para definir a delegacia que iria investigar. O delegado escolhido, Alexandro Mendes de Araújo, para tocar a investigação tem no currículo passagens por duas pequenas cidades do interior, Costa Rica e Paraíso das Águas, que juntas não tem mais de 25 mil habitantes.