De tanto provocar, youtuber vai responder por mais de 6 crimes
Consequências – Dono de canal no YouTube com mais de meio milhão de seguidores, o empresário Eduardo Rezende da Silva, mais conhecido como “Dudu do Razuk”, de 26 anos, vai responder à polícia por vídeo postado no dia 21 de março. O material foi considerado espécie de deboche criminoso às determinações do Poder Público de toque de recolher para evitar a disseminação do novo coronavírus em Campo Grande.
Desafio – No vídeo, já excluído do canal, “Dudu” sai de carro pelas ruas vazias de Campo Grande e afirma não ver um policial sequer para impedir. Aparentemente, está em alta velocidade. Em outra gravação postada, ele afirma que policiais passaram a intimidá-lo e justifica que produziu a cena por sugestão de um seguidor.
Providências – A ação afrontou não apenas agentes de segurança, mas também as autoridades envolvidas em coibir o descumprimento às regras de circulação no período de pandemia. A Secretaria de Defesa Social e Segurança Pública de Campo Grande encaminhou dossiê à Polícia Civil, que abriu inquérito para investigar o YouTuber, nesta terça-feira (14).
Vários ilícitos – Responsável pela condução dos trabalhos, o delegado Ricardo Meirelles Bernadinelli informou à coluna que a apuração começou pela coleta de provas disponíveis na internet. Segundo ele, há indícios de mais de meia dúzia de crimes, que vão de desobediência, incitação ao crime e até estelionato, pois há suspeitas de que o rapaz vende veículos com preços irreais.
Não pode – Bernadinelli disse que o investigado terá toda a chance de defesa, como é previsto. Ainda não há data para o depoimento. Conforme o delegado, existe uma preocupação com o fato de se tratar de formador de opinião, popular entre jovens, sob suspeita de insuflar o desrespeito a determinações adotadas para proteger a população de doença séria como a covid-19.
Outro pedido – A PRF (Polícia Rodoviária Federal) também informou, via assessoria de imprensa, que pediu ao MPF (Ministério Público Federal) para investigar Eduardo Rezende da Silva por descumprindo às leis de trânsito no âmbito da corporação.
Puxando briga – O vereador Jeremias Flores (Avante) resolveu brigar a distância com o astro sertanejo Eduardo Costa. O cantor resolveu dizer que pastor não servia para nada, a não ser cobrar dízimo, e o parlamentar achou ruim. “Eu tenho apreço por sua pessoa na música sertaneja, mas foi muito infeliz”, disse o “Pastor Jereminas” durante sessão de ontem na Câmara.
Perdão – Já no fim das discussões de ontem no Legislativo Municipal, um mea culpa. O vereador Wellignton de Oliveira (PSDB) pediu desculpas pela fala machista ao dizer que as mulheres precisam dos salões de beleza funcionando, para agradar os maridos.
Narcolepsia – O vereador justificou a fala ao citar “mais de 20 projetos de proteção às mulheres” de sua autoria. Disse que a fala representou uma narcolepsia, o distúrbio que acomete quem sofre da doença de “sono repentino”. “Tive uma narcolepsia, não é justo que oportunistas digam ou desfaçam o que fizemos”, justificou.
Calor das emoções – Em seguida, o companheiro de legenda e presidente da Casa, João Rocha, elogiou o parlamentar em referência “ao caráter e dignidade do vereador”. “Evidente que no calor de uma fala algumas palavras saem de forma inadequada”, disse João Rocha. A fala foi retirada da ata da sessão.
Máscaras- O deputado Renato Câmara (MDB) pediu à mesa diretora da Assembleia Legislativa que forneça máscaras aos funcionários que retornaram as atividades, já que esta regra foi exigida no prédio. O presidente da Assembleia, deputado Paulo Corrêa (PSDB), respondeu entender a preocupação do colega e informou que a mesa está em busca destes materiais. Pediu que até lá, os funcionários possam trazer as máscaras caseiras, feitas com pano.
Consignados - Com dois projetos suspendendo o pagamento de empréstimos consignados durante a pandemia na Assembleia, o assunto entrou no debate ontem na Assembleia. Dois rivais históricos voltaram a travar embate. O deputado Pedro Kemp (PT) defende a suspensão por 90 dias. Já Zè Teixeira (DEM) argumenta que como não houve atraso de salário dos servidores estaduais, não vê motivos para uma lei que adie o pagamento.