Delegado-geral tem missão espinhosa na volta para MS
Tour – Há uma semana nos Estados Unidos, o delegado-geral Roberto Gurgel está fazendo tour pelas engrenagens da polícia americana e deve trazer na bagagem experiências a serem aplicadas, por exemplo, no combate à criminalidade na fronteira. Ele foi ao exterior para participar da Conferência e Exposição Anual da Associação Internacional de Chefes de Polícia, em San Diego, na Califórnia, cidade colada a Tijuana, no México, com realidade muito parecida à de Mato Grosso do Sul.
Missão – A missão espinhosa que o aguarda quando voltar é a de estancar a possível volta, com força total, do jogo do bicho em Campo Grande, esquema de loteria clandestina que nunca morreu, mas sofreu impacto forte com a Omertà. Desde 2019, a operação teve 7 fases e mirou organização que lucrava com o jogo de azar, agiotagem e extorsões, protegida por milícia armada.
Vácuo – Aliás, a descoberta do “depósito” de 700 máquinas usadas nas coletas de apostas do jogo do bicho pode se tornar caso policial de dimensão proporcional ou maior que o descortinado nos últimos anos. Mais de um grupo tenta ocupar o vácuo deixado com a saída de cena dos líderes da organização que esteve na mira na Omertà até agora e, conforme apurou a coluna, uma das novas estruturas para exploração da loteria ilegal tem o envolvimento de figurões.
No forno – Está em ebulição no Governo de Mato Grosso do Sul mudança no primeiro escalão. Pelo menos é o que se comenta nos corredores do Legislativo. Não é de hoje que se especula alterações no secretariado, ao ponto de ventilar nomes que estariam deixando o Parque dos Poderes e de outros que estariam chegando. Ontem, numa roda parlamentar, davam como certo que até o final do ano o governador Eduardo Riedel (PSDB) oficializa as trocas.
Primeiro round – O deputado federal Geraldo Resende bateu o pé e “destronou” seu colega, Paulo Corrêa, deputado estadual, da vice-presidência do PSDB estadual. Segundo tucanos, a queda de braço foi intensa e, como consolo, Corrêa vai assumir a primeira secretaria do partido.
8 de janeiro - A senadora Soraya Thronicke (Podemos) e o deputado federal Dagoberto Nogueira (PSDB) votaram a favor do indiciamento de 61 pessoas, entre elas, o ex-presidente Jair Bolsonaro, por crimes como associação criminosa, violência política, abolição do estado democrático de direito e golpe de Estado como consequência do episódio do 8 de janeiro. O pedido está no relatório final produzido pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que investigou os ataques às sedes dos três Poderes, em Brasília.
Proteção em dia – O Governo de Mato Grosso do Sul desembolsou quase meio milhão na compra de 442 coletes à prova de balas. A Secretaria de Justiça e Segurança Pública ainda vai definir como fará a distribuição, entre policiais militares, civis e penais, Corpo de Bombeiros Militar e equipe de perícia. Os coletes contêm placa de chumbo para a proteção e, por esse motivo, têm vida útil de cinco anos.
Só no papel – Ainda não saiu do papel o prédio para abrigar a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro. Em dezembro do ano passado, com orçamento de R$ 3 milhões, a previsão era que obras, em terreno da Avenida Ricardo Brandão, começassem no primeiro semestre deste ano. Mas, nem o projeto executivo foi terminado. Na Polícia Civil, a informação é de que a contratação de empreiteira para tocar a obras será lança “em breve”.
VIPs – Servidores municipais de nível superior de Campo Grande vão receber reajuste salarial que pode variar de 5% a 20%, conforme tempo de serviço. A medida, em tese, abrangeria 470 profissionais que atuam na Gestão Estratégica, como publicitários, economistas, contabilistas e administradores. Porém, é válida apenas para os que fazem parte da ASMNS (Associação dos Servidores Municipais de Nível Superior), beneficiando, então, 128 funcionários públicos. O aumento foi conquistado por meio de ação coletiva, protocolada pela associação.
LGBTfobia – Atacados nas redes sociais, o pai da garotinha de 2 anos e 7 meses assassinada em janeiro deste ano, Jean Carlos Ocampo da Rosa, e o marido, Igor de Andrade, foram à polícia e comentários ofensivos podem dar dor de cabeça para quem “falou o que quis”. Pelo menos dois internautas serão investigados por calúnia, difamação e LGBTfobia, crimes identificados pela polícia no ato do registro de boletim de ocorrência. “Esse tipo de gente” e “grupo que quer ter mais direitos que pessoas normais”, chegou a dizer um dos homens ao comentar matéria do Campo Grande News que noticiou pedido de indenização feito pelos “pais” da menina contra pastor evangélico, Wilton Acosta.