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Jogo Aberto

Deputado cassado joga toda sua ira contra senadora

Jéssica Benitez e Renata Volpe | 15/02/2023 06:00
Senadora Soraya Thronicke durante sesssão. (Foto: Assesoria Senado)
Senadora Soraya Thronicke durante sesssão. (Foto: Assesoria Senado)

Vingativo - O deputado estadual Rafael Tavares (PRTB), que teve o mandato cassado em ação movida pelo União Brasil, mirou na senadora Soraya Thronicke (UB) e despejou a raiva diante da derrota. Na tribuna, Tavares disse que, em Mato Grosso do Sul, a senadora não se elege mais nem para “síndica de condomínio”. E prometeu vingança. "Não adianta mudar o domicílio eleitoral para Brasília porque nós vamos mostrar quem você é".

Convite - João Henrique Catan (PL) convidou Tavares para se filiar ao PL. "Vai ser um prazer receber sua ficha de filiação e eu sempre te chamarei de deputado Tavares". O colega Lídio Lopes (Patriota) reclamou do motivo da cassação, fraude e descumprimento da cota para mulheres dentro do PRTB. "Não é culpa dos partidos não conseguir atingir cota de gênero, mas é difícil encontrar mulheres que querem disputar eleições".

Desafio - Antes da votação de projeto que isentou o Consórcio Guaicurus de pagar ISSQN, o vereador Marcos Tabosa (PDT) usou tempo disponível para criticar a Prefeitura de Campo Grande e a situação em que se encontram os terminais. Aproveitou para provocar o líder da prefeita Adriane Lopes (Patriota) na Câmara Municipal, vereador Beto Avelar (PSD), dizendo que se o parlamentar entrar num banheiro de terminal “vai vomitar”.

Pesado – Carlão Borges (PSB), presidente da Casa de Leis, deu o mesmo tempo para que Beto respondesse a fala e avaliou que o termo usado por Tabosa é pesado. O líder da prefeita, então, apontou que Tabosa passa semanas sem fazer uma indicação sequer e até hoje não alavancou pautas dos servidores públicos. “Faz oposição por fazer”, atacou.

Puxão de orelha – Ainda durante a discussão do projeto, quando o texto era avaliado pela Comissão de Finanças e Orçamento, Tabosa, que não faz parte da pasta, se “infiltrou” entre os integrantes que debatiam a matéria, mas foi visto por Carlão e teve de sair de fininho. O vereador, no entanto, diz que não encarou o puxão de orelha com maus olhos. “Eu aprendo muito, na verdade o senhor está cuidando de mim”, disse Tabosa ao presidente.

Agora chega! – Após cinco adiamentos no julgamento de recurso em ação contra o ex-prefeito de Campo Grande Gilmar Olarte (sem partido) e outras três pessoas, o desembargador José Ahmad Netto já avisou que qualquer novo pedido para adiar sessão marcada para o dia 28 deste mês será indeferido. A sessão está neste jogo de ‘bate e volta’ desde novembro do ano passado. O processo trata de suposto esquema de lavagem de dinheiro e ocultação de bens.

Horta de CNPJs - A Polícia Civil e a Receita Federal não deram nomes de pessoas envolvidas na operação Alumidas, deflagrada ontem, mas revelaram que estavam diante de uma rede de uso de laranjas para dispersar e dificultar a localização de dinheiro sonegado. Só uma pessoa tem quase uma dúzia de empresas em seu nome, como administradora de imóveis, além de fazenda. Desafio das autoridades é desmontar todo esse emaranhado de CNPJs usados para lavar dinheiro.

Prejuízo - Pensa que a Justiça Eleitoral está de brincadeira? O TRE aplicou multa de R$ 700 a mesário faltoso que não justificou ausência para compor mesa equipe durante as últimas eleições. O valor deve ser quitado dentro e 30 dias e caso não seja paga o eleitor será incorporado à lista de devedores a União.

Dia D - Hoje vai ser um dia em que as autoridades vão ter que se desdobrar para dar respostas para a falta de um serviço especializado e integrado para atenção às crianças vítimas de violência, encargo que se mostrou falho diante da morte de uma menina de 2 anos, vítima de agressões no ambiente doméstico. Os vereadores chamaram pais para expor suas histórias em uma audiência pública.

Juntar diferentes - Em outra frente, deve ser discutida a possibilidade de as crianças serem atendidas na Casa da Mulher Brasileira, que já é um serviço de excelência, reunindo cuidado psicossocial, delegacia e o sistema de Justiça. Vai ser difícil emplacar a ideia de dividir o espaço, uma vez que são vítimas com perfis diferentes e, portanto, requerendo atenções distintas dos serviços públicos. Ambas reuniões ocorrerão pela manhã.


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