Dilma divide holofote sobre casas e irrita deputado de MS
Dividir – Em crise de popularidade, a presidente Dilma Rousseff (PT) decidiu dividir os holofotes do programa Minha Casa, Minha Vida. A partir de agora, casas populares só poderão ser inauguradas com a presença de um funcionário do Ministério das Cidades. Antes, o bônus do projeto só ficava com os governadores e prefeitos.
Atrasar – O deputado federal Carlos Marum (PMDB), que já inaugurou muita casa construída com recurso federal quando era secretário estadual de Habitação, não gostou da nova exigência. Ele disse que a medida é “ridícula” e pode atrasar a entrega das obras.
Notificação – A Comissão de Ética da Câmara dos Vereadores começou a contar, ontem, o prazo dado para os nove parlamentares investigados. Eles devem apresentar a defesa por escrito sobre a denúncia de compra de votos para cassar o mandato de Alcides Bernal (PP).
Pra cima – Sem nenhum cargo na administração municipal, a bancada do PT foi para cima de Bernal na sessão de ontem. Os vereadores do partido cobraram, de forma enfática, solução para o problema da coleta do lixo, da falta de merenda e dos buracos.
Solução tartaruga – Bernal não tem pressa em iniciar a recuperação das vias urbanas. Apesar dos motoristas estarem à beira de um ataque de nervos diariamente, ele só vai oficializar a retomada da operação tapa-buraco na terça-feira, após o feriadão de Nossa Senhora Aparecida.
Sem importância – O prefeito Alcides Bernal não nomeou os titulares das secretarias municipais da Juventude e da Mulher. Ele foi o autor do projeto que criou as duas pastas. Como ocorreu no “primeiro” mandato, Bernal não faz questão de nomear os ocupantes das duas pastas, vagas há mais de 30 dias.
Base menor – A base governista encolheu na Câmara Municipal. Bernal perdeu a oportunidade de garantir a tranquilidade. Por enquanto, só conta com o apoio fiel de três vereadores. Antes, tinha o apoio de seis.
STJ – O Superior Tribunal de Justiça só decidiu no dia seguinte à soltura do prefeito afastado, Gilmar Olarte (PP). A corte negou habeas corpus. No entanto, a decisão não teve efeito prático nenhum, já que o progressista já estava em casa há mais de 12 horas.
Sem quórum - A sessão desta quinta-feira não teve quórum. Na hora da votação dos projetos eram necessários 13 deputados, mas só 12 estavam presentes. Onevan de Matos (PSDB), que presidia os trabalhos, até tentou esperar, mas o petista Pedro Kemp pressionou e ele acabou não colocando nenhum projeto em votação.
Diálogo - O presidente da Assembléia, deputado Junior Mochi (PMDB), conversou bastante e conseguiu convencer os índios a não passar a noite no legislativo estadual. Ele demoveu o grupo do protesto após garantir que a CPI do Genocídio será instalada na próxima semana.
(colaborou Leonardo Rocha)