Direita contra a direita
Última a saber - A senadora Soraya Thronicke estava tranquila na China e, só ao ser entrevistada na manhã de ontem (17), ficou sabendo o quanto era esculhambada pelo filósofo e agora desafeto Olavo de Carvalho, que tachou comitiva de parlamentares de idiotas e semianalfabetos. Imediatamente, a sul-mato-grossense correu para o Twitter e providenciou o recado de efeito.
Parceiro dos bons - Lembrando do nome do principal livro do filósofo, ela postou: “Tudo o que você precisa saber para não ser um idiota: China e Brasil em 2018 fizeram mais de 100 bi. China comprou mais de 65 bi, nós 35. Quem consegue trazer um parceiro melhor? Quem banca uma retirada da China do mercado? Os ‘caipiras’ aqui têm muito o que aprender com eles”.
Caipiras - Na comitiva brasileira que também foi chamada de "caipira" pelo filósofo, Loester Souza, o Tio Trutis, resolveu responder gravando vídeo na loja da Apple, exaltando o fato de o estabelecimento ter dois andares e de isso demonstrar uma sólida relação comercial também com os Estados Unidos de Donald Trump. “E você preocupado porque o Tio Trutis veio conhecer, entregar a segurança nacional?”, questionou, negando tratativas sobre sondagens acerca da tecnologia de identificação facial.
Custo zero – Trutis reiterou que a delegação de futuros congressistas, que nem empossada está, não tem autoridade para fechar tais contratos, e lamentou que Olavo tenha acreditado em “jornalzinho de esquerda”. O deputado ainda saiu em defesa da relação com o mercado chinês, o maior do mundo, desde que constituída na filosofia de “não dar de graça” riquezas locais. “Tem de abrir portas, sem ideologia, puro capitalismo”, sustentou.
Idas e vindas - A assessoria do Incra em Campo Grande confirmou que o atual superintende do órgão, Humberto Maciel, tem ficado bastante em Brasília, mas por ordem do chefe. A pedido do presidente Jair Bolsonaro, ele estaria ajudando no projeto de readequação do Incra dentro da estrutura do Ministério da Agricultura.
Armada - Com a discussão ainda se a Polícia Municipal de Campo Grande pode ou não andar armada, uma pesquisa da FGV fortalece a defesa de quem acha que sim. Cidades que armaram suas guardas municipais apresentaram queda acentuada na taxa de homicídios e agressões, na comparação com municípios similares que não usam armas.
Desde 2002 - No Estado de São Paulo, por exemplo, a queda foi de 60,73 homicídios por 100 mil habitantes em 2002 para 22,54 em 2012, período avaliado pela FGV. Em algumas capitais, as guardas conseguiram o direito a usar armas após a permissão do Estatuto do Desarmamento.
Calamidade - Mato Grosso do Sul ainda está bem na foto na região Centro-Oeste quando o assunto é finanças. Depois de Mato Grosso decretar calamidade financeira nesta semana, a previsão é de que o próximo estado seja Goiás. A onda de decretos de calamidade financeira atingiu seis governadores no Brasil, que assumiram não ter condições de cumprir seus compromissos.
Nefasta - A flexibilização da posse de armas no País continua arrepiando a coluna de algumas instituições. Em memorando, a Polícia Federal alerta que “aumento exagerado do número de armas em poder dos cidadãos” pode ter “nefastas consequências”. O texto é assinado pelo delegado Éder Rosa de Magalhães, chefe da Divisão Nacional de Controle de Armas de Fogo.
Desapegando – Evander Vendramini (Progressistas) não é mais presidente da Câmara de Corumbá e, em alguns dias, deixará também de ser vereador do município no Pantanal. Nesta quinta-feira (17), ele antecipou renúncia ao comando da Casa e disse que, nos próximos dias, vai entregar o mandato. Tudo na preparação para se tornar deputado estadual a partir de 1º de fevereiro.
Sucessões – Presidente da Câmara de Corumbá por dois anos e 17 dias, Evander começou a despedida antecipada aos colegas colocando o gabinete na Assembleia – para onde foi eleito– à disposição. Como ainda não entregou o madnato de vereador, deve participar da eleição da futura Mesa Diretora da Casa, marcada para as 16h de 22 de janeiro. Roberto Façanha (MDB) é o vereador mais cotado para assumir o posto.