Dúvidas do PMDB para cassar Bernal
Suspensa – A Câmara Municipal enforcou, literalmente, a sessão de ontem. Tudo porque os vereadores fizeram questão de acompanhar pessoalmente o relatório da CPI do Calote, que pode selar o futuro político do prefeito Alcides Bernal (PP).
Lotado – O plenarinho da Câmara Municipal foi pequeno para comportar vereadores, assessores e curiosos em saber detalhes do relatório de Elizeu Dionísio (PSL). Populares foram obrigados a levantar da cadeira para dar espaço aos vereadores, que ouviram a leitura por quatro horas.
Sem almoço – O interesse no relatório da CPI do Calote foi tanto que os parlamentares não sentiram nem fome. Além de enforcar a sessão ordinária, eles também “esqueceram” do almoço de quinta-feira. Eles só deixaram o legislativo por volta das 15h30 de ontem.
Estratégia – O PMDB segue estudando a melhor estratégia para pedir a cassação do prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP). Com o relatório da CPI do Calote em mãos, os vereadores do partido vão promover reuniões para ver quem pode pedir a instalação da Comissão Processante, que pode levar ao impeachment do prefeito.
Dilema – O principal dilema dos cinco vereadores é de que o autor do pedido não poderá votar em plenário. Como são necessários 20 votos para cassar o prefeito, os peemedebistas não querem queimar cartucho. Apesar não admitir, a melhor estratégia pode ser colocar um filiado do partido para fazer a solicitação.
Iminente – Ex-prefeito da Capital, secretário estadual de Articulação com os Municípios e pré-candidato a governador, Nelson Trad Filho, preferiu não comentar o resultado da CPI e a proposta de cassar o mandato de Bernal. Contudo, não conseguiu se conter e comentou que as coisas “são iminentes”.
Simpatia – Amigo de longa data do empresário Antônio João Hugo Rodrigues, Nelsinho Trad afirmou que, por enquanto, só conseguiu “a simpatia” do dono do Correio do Estado. AJ é cortejado por presidir o PSD, que tem um bom tempo de televisão no horário eleitoral.
Negociação – As negociações visando as eleições de 2014 devem pegar fogo nos próximos dias. Tudo porque os candidatos devem definir os partidos em que disputarão os cargos de governador, senador, deputado federal e deputado estadual. O prazo para trocar de legenda acaba no dia 4 de outubro.
Direitos Humanos – A morte de dois assaltantes durante o roubo a uma lotérica no Conjunto Parati continua rendendo polêmica. O secretário de Justiça e Segurança Pública, Wantuir Jacini, afirmou que os grupos de direitos humanos nunca aparecem quando um policial é morto por bandido.
PSB – Mato Grosso do Sul pode ganhar uma terceira via na disputa ao Governo do Estado. O PSB pode lançar um nome para garantir palanque ao governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que pretende disputar a presidência da República em 2014. Já são dois pré-candidatos definidos: Delcídio do Amaral (PT) e Nelson Trad (PMDB).
(colaboraram Zana Zaidan e Jéssica Benitez)