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É golpe ou não? Impeachment ainda divide políticos

Waldemar Gonçalves | 14/05/2016 06:00

Mais velho – O governador Reinaldo Azambuja matou serviço em plena sexta-feira. Por causa justa. Reuniu a família na fazenda, em Maracaju, para almoço em comemoração aos seus 53 anos. A folga será compensada com agenda cheia neste sábado, primeiro “Dia D” da Caravana da Saúde, em Campo Grande, que ele promete acompanhar de perto.

“Golpe”... – O afastamento de Dilma Rousseff (PT) da Presidência da República segue difícil de engolir para alguns petistas. O deputado estadual João Grandão, por exemplo, emitiu nota ontem em que, entre outras coisas, reitera a opinião sobre um “golpe” contra a correligionária, um processo “essencialmente político”.

Ilegítimo – Segundo Grandão, o “golpe” foi “tramado pelos que se acham os donos do poder”, sendo “totalmente ilegítimo”. Por fim, convoca uma “verdadeira batalha em defesa da democracia”.

Recomeço – Já para os defensores do impeachment, a saída de Dilma é vista como a oportunidade de recomeço. Para o senador Waldemir Moka (PMDB-MS), o Brasil agora tem a chance de recuperar a credibilidade internacional, retomando investimentos e melhorando os indicadores econômicos.

Alheio às normas – Uma das principais críticas de Moka, membro da comissão do impeachment no Senado, é em relação à forma como o governo do PT desconsiderou, na visão dele, os princípios da boa gestão pública. “Percebemos que o governo não tinha qualquer respeito com as normas, em especial com a Lei de Responsabilidade Fiscal, criada para dar um basta às farras fiscais no País, em todos os poderes”.

Melhor solução – O deputado federal Geraldo Resende (PSDB-MS) acredita que, com Michel Temer na Presidência, a bancada sul-mato-grossense terá mais proximidade com o governo federal, já que existe boa relação política da maioria dos deputados e dos senadores com ele. “Foi a melhor solução. A presidente Dilma não tinha mais condições políticas e éticas para continuar no cargo”.

Estou ótima – Em São Paulo para exames pós-operatórios, depois de ser submetida a cirurgia no mês passado, a deputada estadual Antonieta Amorim (PMDB) diz que espera voltar a Campo Grande e ao trabalho na próxima terça-feira (17). “Estou ótima. Porém, ainda aguardo a liberação médica, estou estudando e mantendo contato sobre as ações na Assembleia, espero refazer os exames e voltar semana que vem”.

Bernal não foi – Prevista para iniciar às 8h, a força-tarefa da Caravana da Saúde no bairro Noroeste, ontem, teve um atraso de uma hora enquanto as autoridades de saúde do município e Estado aguardavam a chegada do prefeito, Alcides Bernal (PP). Ele não apareceu.

Muita gente – A assessoria de comunicação da prefeitura não informou o motivo do cancelamento da agenda do prefeito na Caravana da Saúde. A ação, organizada pelo governo estadual, contou com a participação do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Exército e agentes de saúde, que realizaram visitas nas casas da população do bairro e a limpeza em alguns terrenos com mato alto e lixo.

Ligações inesperadas – A atual linha de telefone celular usada pelo senador Raimundo Lira (PMDB-PB) é a mesma que, até dois anos atrás, servia a Delcídio do Amaral (sem partido-MS) em Brasília. Coincidência ou não, o peemedebista é o presidente da comissão do impeachment no Senado, enquanto o ex-petista, cassado nesta semana, foi fundamental no processo de afastamento de Dilma, principalmente após sua delação premiada à Lava Jato.

(com a redação)

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