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Enquanto pai é enterrado, "Jamilzinho" assiste audiência

Marta Ferreira, Caroline Maldonado e Gabriela Couto | 01/07/2021 06:00
Poucas horas depois de o pai ser sepultado em Campo Grande, "Jamilzinho" participa por vídeo de audiência, a partir do presídio de Mossoró. (Foto: Reprodução de vídeo)
Poucas horas depois de o pai ser sepultado em Campo Grande, "Jamilzinho" participa por vídeo de audiência, a partir do presídio de Mossoró. (Foto: Reprodução de vídeo)

Ironias do destino – No dia em que o pai, Jamil Name, 82 anos, era sepultado nesta quarta-feira (30), o filho batizado com o nome do patriarca da família, “Jamilzinho”, de 43 anos,  passou o dia às voltas com audiências de um dos processos dos quais ambos figuravam com o réus na operação Omertà. Foram mais de 8 horas ouvindo testemunhas de acusação por chefiar organização criminosa, por videoconferência direto do presídio de Mossoró (RN).

Impossibilidade -  Embora a Justiça tenha autorizado “Jamilzinho” a assistir o funeral do pai usando a mesma tecnologia, isso não aconteceu. O advogado dele, Luiz Gustavo Bataglin, comentou durante a sessão de depoimentos, à tarde, que a transmissão, a cargo dos filhos do cliente, acabou não dando certo.

Quietos – As associações de delegados de Polícia Civil no Estado e em âmbito nacional se calaram ontem sobre as afirmações do delegado Carlos Delano a respeito dos bastidores de sua saída da Delegacia de Homicídios quando as apurações da Omertà começaram a dar resultados. Diferente de quando outro delegado, João Paulo Sartori, foi ofendido durante audiência, não houve nota.

Saia justa – A explicação, apurou a coluna, é simples. Um dos delegados citados por Delano como responsável por recados a ele na época dos episódios, Pedro Espíndola, é vice-presidente da associação estadual. O silêncio foi a opção encontrada pela entidade, que elege nova diretoria no sábado (3), agora sem Espíndola como integrante. A chapa única é presidida por Aline Sinnott, hoje titular da Defurv, dedicada a investigação de roubos e furtos de veículos.

Bug - As sessões da Câmara de Campo Grande, que estão sendo feitas de forma remota, enfrentam problemas típicos de transmissões ao vivo sem o suporte digital adequado. Às vezes chegam a “cair”, mas os vereadores, já acostumados, têm paciência. O presidente Carlos Augusto Borges (PSB) já disse “que não tem mais o que fazer” por ora. Borges disse que os equipamentos não são os mais modernos e a equipe faz de tudo para que a transmissão não seja interrompida.

“Covaxão”- O ex-ministro do governo do presidente Michel Temer (MDB), Carlos Marun (MDB) agora decidiu virar comentarista de política no seu canal no Youtube. A estreia foi com o tema "pior semana da história do Bolsonarismo". Para Marun, o presidente pode ser alvo do que agora ele chama de “Covaxão”.

Essenciais - Não tem fim a lista de atividades que os vereadores querem tornar essenciais para que possam atuar em tempos de lockdown. Na semana passada, eles aprovaram projeto voltado para diversos serviços da área da beleza. O último vetado pelo prefeito foi o projeto para incluir no rol a “prática da atividade física e exercício físico”. Como o projeto do vereador Riverton de Souza (DEM) foi assinado por todos os vereadores, é possível que eles derrubem o veto e a matéria vire lei.

Repeteco - A lei municipal seria inútil porque a atividade física já é classificada como essencial por lei estadual, de autoria do deputado Herculano Borges (Solidariedade). Os serviços de beleza também já foram aprovados pelos deputados.

Negativo –  O vereador Alirio Vilassanti (PSL) apresentou proposta para criação de aplicativo voltado ao atendimento de saúde. A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) deu parecer contrário.

Já tem - Enquanto os vereadores discutiam se o projeto de lei devia ou não ter a chance de ser votado, o vereador André Soares (Rede) disse que já existe o Conecte SUS, plataforma com funções diversas, desde acompanhamento das vacinas, exames, até doação de sangue e outros serviços.

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