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Jogo Aberto

Futebol de MS é uma família... a família de Cezário

Por Gabriel Neris, Caroline Maldonado e Fernanda Palheta | 22/05/2024 06:00
Franciso Cezário foi preso na casa dele, no Bairro Taveirópolis. (Foto: Henrique Kawaminami)
Franciso Cezário foi preso na casa dele, no Bairro Taveirópolis. (Foto: Henrique Kawaminami)

Ao pé da letra - Alvo de operação do Gaeco, por acusação de lavagem de dinheiro, o presidente da Federação Estadual de Futebol, Francisco Cezário, tem hábito de citar em entrevistas e notas à imprensa que o futebol sul-mato-grossense é uma família, referindo-se aos clubes. Esqueceu de mencionar a própria família, também investigada por desvio superior a R$ 6 milhões.

Resenha - A residência do presidente da federação, na Vila Taveirópolis, em Campo Grande, onde foram encontrados cerca de R$ 800 mil na terça, também era local frequente de dirigentes de clubes para reuniões e debates pós-jogos dos campeonatos.

Jogando em todas - E a operação mostrou que todo mundo queria uma boquinha na entidade presidida há 26 anos por Cezário. A ofensiva do Gaeco contra o coordenador de competições da Federação de Futebol, Marcos Tavares, provocou preocupação em pais e responsáveis de jogadores de tênis de mesa. Tavares acumula o cargo de presidente de federação da modalidade.

Suando frio - E na lista de investigados na Operação Cartão Vermelho, dois nomes aparecem abaixo do aviso: “Atenção”. Ambos têm cargos públicos. A observação no documento do Gaeco foi para as equipes que cumpriram mandados de busca e apreensão, para ficarem espertos caso um dos dois nomes aparecesse em algum documento recolhido na casa dos alvos desta terça-feira.

Inócuos - O dia na Câmara Municipal de Campo Grande amanhã será para engolir a seco vetos da prefeita Adriane Lopes. E não é difícil entender o motivo dela derrubar propostas aprovadas pelos vereadores. Um dos projetos vetados obrigava uso de lacres em embalagens transportadas por sistema delivery. Outro mandava colocar QR Code nas placas de identificação de ruas e obras.

Sem condições - Conforme acordo entre a Câmara Municipal e a Prefeitura de Campo Grande, cada vereador indicou R$ 200 mil como emendas impositivas ao orçamento do município deste ano. Para 2025, a prefeitura pediu que os parlamentares mantenham o valor, mas o presidente da Casa de Leis, Carlos Augusto Borges, o “Carlão” (PSB), já avisou que não vai manter.

O dobro - Carlão quer que cada um dos 29 vereadores possa decidir como a prefeitura vai usar R$ 400 mil, o que soma R$ 11,6 milhões. O valor vai ter que constar na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) a cada ano a partir de agora, conforme projeto de emenda a LOM (Lei Orgânica Municipal), aprovado em segunda discussão na terça-feira (21).

Prestação de contas - O governador Eduardo Riedel (PSDB) estará na Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) na manhã de hoje para prestar contas aos deputados estaduais sobre o MS Day, evento que integrou a programação do Brazilian Week, em Nova York.

Bem disposto - Todos os parlamentares foram convidados para a reunião na presidência, às 8h15. "O governador fará uma apresentação oficial da visita, relatando o que ocorreu na viagem", explicou o presidente da Assembleia, deputado Gerson Claro (PP). Riedel anda bem disposto, sempre dando as caras no Legislativo para mostrar os números da administração.

De volta - Duas semanas após ser internado com princípio de infarto, o vereador de Campo Grande Eduardo Miranda (Avante) participou da sessão ordinária desta terça-feira (21). O parlamentar voltou ao trabalho antes da recomendação médica porque, segundo ele, não aguenta ficar em casa. “Estou pronto para trabalhar".

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