Gilmar e a mão de Deus
Novo estilo – O prefeito Gilmar Olarte (PP) vem imprimindo um novo estilo na administração municipal. Ontem, ele determinou a um dos assessores de comunicação que retirassem a foto do antecessor, Alcides Bernal (PP), do Facebook. A imagem mostrava o antecessor dormindo no voo de volta de Brasília.
Aguerrido – O funcionário pretendia imprimir o estilo polêmico das antecessoras no posto, onde assumiam as dores do prefeito e o defendiam com fervor, devoção e ódio. O assessor até justificou que retirou a foto para acatar determinação do chefe. Ou seja, o estilo é de paz e trabalho.
Indicação – Olarte fez uma avaliação de como chegou ao cargo de prefeito de Campo Grande. “Em primeiro lugar, quem nos colocou aqui foi a mão de Deus. Em segundo, foi a necessidade de salvar Campo Grande”, revelou.
Cão – O prefeito recorreu a fábulas para contar como pretende administrar a cidade. Ele disse que não pretende ser igual a Keko, o cachorro do secretário de Administração, Waltemir Alves de Britto. “Ele late como se fosse valente, mas é só a gente bater o pé, que saia correndo”, disse. A mensagem é para os defensores de Bernal, que ficam propagando o suposto golpe.
Quieto - “Quem fala demais, faz pouco”, disse Gilmar Olarte. E após fazer a declaração, decidiu encerrar a prosa com a imprensa e partir para mais um dos compromissos. Na sua avaliação, Bernal mais falava do que fazia. Em um ano e dois meses, por exemplo, o antecessor só inaugurou uma obra, o recapeamento da Avenida das Bandeiras.
Devagar – O deputado estadual Paulo Corrêa (PR) definiu Bernal. Ele disse que só Semy Ferraz, secretário de Obras, conseguia andar na administração do prefeito cassado. “E mesmo assim, a duras penas”, lamentou o republicano.
Moicana – A vereadora Luiza Ribeiro (PPS) foi a única a votar pela manutenção dos vetos do prefeito cassado Alcides Bernal. Ela foi a única dos seis vereadores, que votaram contra a cassação de Bernal, a manter a postura de oposição a nova administração.
Dilema – O PMDB vive um grande dilema, como lançar as candidaturas de André Puccinelli e Simone Tebet , respectivamente, candidatos a senador e primeiro suplente, sem deixar o governo nas mãos da oposição. O sucessor natural, presidente da Assembleia Legislativa, Jerson Domingos, não faz mistério que vota em Delcídio do Amaral.
Dia – O dia da decisão está chegando, mas pode ser antecipado. O governador faz mistério, mas dirigentes do PMDB e Simone apostam que o martelo será batido no dia 27 de março deste ano. Puccinelli tem até 5 de abril para renunciar ao cargo e disputar as eleições de 2014.
Vantagem – O governador manteve o mistério sobre a candidatura, mas propagou, ontem, que pesquisas internas lhe dão ampla vantagem sobre qualquer adversário. Após falar dos números, ressaltou que ainda não tomou a decisão se vai ou não para a disputa.
(colaboraram Kleber Clajus , Leonardo Rocha e Angela Kempfer)