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Artes

Levar cinema para o semiaberto é esperança de ‘ensinar’ sobre a vida

Projeto com recursos da Lei Paulo Gustavo foca na ressocialização e aproximação cultural para internas

Por Aletheya Alves | 19/01/2025 07:40
Levar cinema para o semiaberto é esperança de ‘ensinar’ sobre a vida
Internas do regime semiaberto estão recebendo sessões de cinema. (Foto: Divulgação)

“O projeto faz com que elas não apenas se divirtam, mas que aprendam sobre o cinema nacional, sobre como o audiovisual é produzido e sobre a vida”, resume Geiciane Feitosa, coordenadora do Conversas com o Cinema. Em conjunto a Lukas Nascimento, a produtora cultural conseguiu investimentos da Lei Paulo Gustavo, através da Fundação de Cultura, acreditando que o cinema pode ajudar a mudar a vida de internas do sistema prisional.

Enquanto cursava Audiovisual na UFMS, Genciana já acompanhava sessões levadas para escolas e estabelecimentos penais com a professora Daniela Giovana Siqueira. Foi a partir dessa experiência que, após se formar, quis desenvolver um projeto do gênero com Lukas.

O investimento foi necessário para a compra de equipamentos, alimentos e contratação de profissionais que pudessem falar com as internas do Estabelecimento Penal Feminino de Regime Semiaberto e Assistência ao Albergado.

Levar cinema para o semiaberto é esperança de ‘ensinar’ sobre a vida
Projeto possui recursos da Lei Paulo Gustavo. (Foto: Divulgação)
Levar cinema para o semiaberto é esperança de ‘ensinar’ sobre a vida
Pipoca é garantida para que a experiência seja mais completa. (Foto: Divulgação)

Tendo iniciado neste ano, as ações seguem até fevereiro com debates que se relacionam tanto com os filmes quanto sobre a rotina carcerária. “A intenção é criar uma ambiente sensível e compreensivo, pronto para ouvir atentamente e próprio para falar livremente, aberto para compartilhamentos de experiências e opiniões”.

Até agora, dois filmes foram exibidos, sendo eles ‘Sai da Frente’, de 1952, e ‘Dona Lourdes - O Filme’, de 2024.

Na organização dos eventos, é feita uma curadoria, mas Geiciane explica que a escolha pode mudar dependendo da opinião das internas. Com isso, a voz dessas mulheres se torna mais ativa.

“Um dos principais benefícios é a ressocialização através do contato com a produção cultural nacional, pois promove debates que levam esclarecimentos às internas sobre questões relacionadas aos filmes, ou outras que possam ser levantadas”.

Além disso, ela cita que o contato com o audiovisual é mais uma forma para que essas mulheres lidem com a privação de liberdade. E, é claro, tenham acesso à democratização da cultura.

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