Gripe A mata funcionário de deputado de MS
Com gripe – A gripe H1N1 chegou à Câmara dos Deputados. A equipe de Brasília do deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT-MS) perdeu um integrante, o motorista Ivo Nogueira Romualdo, 37 anos, que dirigia para o parlamentar desde o primeiro mandato, morreu no fim da manhã de ontem, depois de passar três dias internado por conta da gripe, segundo o deputado.
Vacinado – Dagoberto disse que tem tomado todas as ações preventivas para evitar a gripe, que até tomou vacina no ano passado e tomaria novamente neste ano. Dagoberto que estava em Bonito nessa quinta-feira, acompanhando uma agenda do ministro das Comunicações, André Figueiredo, que é de seu partido, disse que pretendia voltar à Capital Federal para o sepultamento, previsto para hoje de manhã.
Licença para ela – Os colegas aprovaram na sessão de ontem licença médica de 15 dias da deputada estadual Antonieta Amorim (PMDB). Ela deve ser submetida nesta sexta a uma cirurgia na cabeça, necessária após ser detecção de um aneurisma. O líder do PMDB na casa, Eduardo Rocha, disse que conversou com a colega e espera seu retorno em breve ao trabalho.
Reunião tensa – A situação ficou tensa na última reunião da CPI do Cimi, entre os deputados estaduais Paulo Corrêa (PR) e Pedro Kemp (PT). Eles discutiram de forma ríspida durante a reunião, após uma produtora rural discordar de uma declaração do petista. Kemp resolveu retrucar, e Corrêa intercedeu a favor da integrante da plateia. Para conter os ânimos, a presidente da CPI, Mara Caseiro (PSDB), suspendeu a reunião, até que a discussão fosse acalmada.
Lei polêmica – Kemp resolveu comentar sobre o projeto conhecido como ‘lei da mordaça’, aprovado semana passada pela Câmara Municipal de Campo Grande, dizendo que os vereadores não podem legislar sobre diretrizes da educação e quem o conselho municipal de educação é quem normatiza alterações. "Nem a Câmara (Municipal) e sequer a Assembleia pode dizer o que se pode ou não fazer dentro da sala de aula".
É fogo – O governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB) deu puxão de orelha nos vereadores e prefeito de Bonito, que não conseguem, segundo ele, definir um local para implantar a sede local do Corpo de Bombeiros. "Estou com dinheiro parado para a construção desde o ano passado e já tem 36 bombeiros escalados para ir para a unidade. Vocês precisam se entender", cobrou o tucano.
Amordaçados – Protestos de movimentos contrários e a favor da ‘lei da mordaça’ deixaram tenso o clima na Câmara Municipal ontem. De um lado, cartazes como “Não toque em nossas crianças” contrastavam faixas opositoras, de outro, dizendo que “Ensinar é um ato político”. Cidadãos contrários ao projeto, com fita adesiva na boca, faziam frente a conservadores religiosos com cruz em punho.
Em nome de Jesus – Do lado direito protestavam a favor da tradicional família brasileira, enquanto do lado esquerdo do auditório se concentravam os defensores “da democracia e liberdade de expressão”. Teve até um “quase vias de fato” entre uma senhora e um pastor.
Mudança de discurso – Na tribuna, o autor do projeto em relação a temas de sexualidade, religião e política nas escolas, vereador Paulo Siufi (PMDB), defendeu o texto, alegando que os itens são constitucionais. “Se está na Constituição, para que todo esse barulho?”, questionou o peemedebista. Siufi tentou, ainda, jogar a batata quente para o prefeito, Alcides Bernal (PP), que teria chamado o texto de inconstitucional. “O prefeito deve ter rasgado a Constituição. Mas o que esperar dele, que faz isso com os servidores. O que esperar desse prefeito?”, esbravejou.
Puxão de orelha – Na sequência, o vereador Marcos Alex (PT) pediu na tribuna que Siufi não acalore ainda mais a disputa política entre Executivo e Legislativo, e que o projeto ainda nem havia sido apreciado pelo prefeito. O petista ainda criticou a mudança de discurso. “Na terça-feira não foi isso que o senhor disse durante sua reunião com os movimentos contrários à lei”, repreendeu o petista, aplaudido na ocasião.
(com a redação)