Juiz da 5ª fase da Lama Asfáltica ganha fãs
Moro de MS– Responsável pela decisão que mandou prender o ex-governador André Puccinelli, o filho dele e mais dois advogados, o juiz Ney Gustavo Paes de Andrade já virou meme na internet. Em parte das montagens, foi comparado ao juiz federal Sérgio Moro, que cuida da Lava Jato.
Turma nova – O magistrado está na Justiça Federal há pouco mais de três anos. Antes de Campo Grande, atuou em Naviraí. Originalmente, é lotado na 2ª Vara da Justiça Federal, mas está “emprestado” à 3ª vara, que ainda não teve designação do substituto de Odilon de Oliveira, aposentado um mês atrás.
‘Vilão’ – No tribunal da internet, o desembargador Paulo Fontes, que concedeu a ordem de soltura aos quatro presos pela operação, teve tratamento diferente. Recebeu inúmeras críticas negativas. Fontes está no tribunal desde 2012 e tem no currículo a atuação como promotor e procurador federal. Ele é do Sergipe.
Relações – A delação premiada de Ivanildo Miranda revelou uma relação próxima entre o ex-bancário e agora pecuarista e os diretores da JBS. Ivanildo revela ter frequentando festas familiares de integrantes do grupo, como casamentos, por exemplo.
Encontros mensais – Havia, segundo Ivanildo, uma espécie de confraria, que se reunia a cada última quinta-feira do mês, envolvendo empresários e políticos citados nas investigações da operação Lama Asfáltica. Tudo acontecia em um restaurante ao lado da sede do frigorífico JBS, em São Paulo.
Ponto de encontros – A casa de Joesley Batista, onde Ivanildo esteve “várias vezes”, era também frequentada por outras pessoas, investigadas por crimes de corrupção, como o ex-ministro da Fazenda do governo Lula, Antônio Palocci, e o empresário Marcos Molina. No local, os encontros eram regados a vinho. Certamente, havia churrasco.
Silêncio – A JBS preferiu o silêncio diante da delação de Ivanildo. Não houve manifestação da JBS sobre o conteúdo delatado. Até porque, na prática, ele repete informações que já constavam do acordo feito pelos irmãos Wesley e Joesley Batista, em maio.
Não me compreendem - O vereador Vinicius Siqueira (DEM) tem recorrido a requerimentos ao alegar que desde maio não recebe resposta aos seus pedidos de informação à Prefeitura de Campo Grande, entre eles sobre comissionados. “A impressão que tenho é que falo Libras, porque devo ser mudo”, declarou durante sessão.
Perseguição - O posicionamento do democrata irrita boa parte dos vereadores da base. O vereador Epamimondas Silva Neto, mais conhecido como Papy (Solidariedade), observou que os pedidos beiram a “perseguição pessoal” quando requerem nomes e salários de comissionados. “Cargo em comissão não é crime e as pessoas que estão lá merecem porque tem capacidade”, pontuou.
"Mandato virtual"- O líder do prefeito, Chiquinho Telles (PSD), cutucou. Disse que “tem gente que se elege através de Facebook e não sabe diferenciar uma coisa da outra”. Segundo ele, boa parte dos dados se encontra disponível no portal da transparência do município.
(Com Kleber Clajus e Osvaldo Júnior)