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Jogo Aberto

Marquinhos entre a vontade e a realidade na gestão municipal

Waldemar Gonçalves | 07/06/2017 06:00

Cobrado – Cobrado na Justiça sobre a implantação de ponto eletrônico para controle de frequência dos servidores, o prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), reclama da imposição da medida sem que a prefeitura tenha recursos para tal.

Tem, mas não tem – Comentando sobre o assunto, ontem, voltou a dizer que a licitação para compra das máquinas está sendo preparada. Mas, que ainda falta arrumar o dinheiro necessário para cumprir a exigência.

Sob pena de prisão – Marquinhos sugeriu reunião com o MPE (Ministério Público Estadual), autor da ação sobre registro eletrônico, para que a promotoria veja as contas da prefeitura. Se, mesmo assim, for mantida a imposição ao ponto, “que mande ofício determinando isso sob pena de prisão”.

Querer, eu quero – “Vocês acham que eu não quero recapear toda a cidade, que não quero transformar todas as unidades de saúde e não quero construir escolas novas?”, questionou o prefeito, em seguida respondendo a si mesmo que tem estes desejos, mas falta dinheiro suficiente para tudo isso. Marquinhos afirma que os recursos diminuem a cada mês e a receita do município não acompanha o volume de gastos.

Quase como empresa – Ainda sobre as dificuldades financeiras, o prefeito conta que é aconselhado a gerir Campo Grande como um empreendimento da iniciativa privada. "Só que em empresa, quando algum funcionário está desagradando, você pode manda-lo embora. Não posso mandar os concursados embora", pontua.

Lembrado – Mesmo tendo deixado o Paço Municipal há quase seis meses, Alcides Bernal (PP) ainda gera discussões na Câmara. Ontem foi a vez de o vereador Lívio Viana (PSDB) lembrar do ex-prefeito ao fazer referência às lâmpadas de LED que começaram a ser instaladas ano passado. "Foi a única coisa boa que ele fez", disse.

Defesa – Ex-secretária de Bernal, Dharleng Campos (PP) tomou as dores e defendeu o presidente regional do seu partido. Lançou mão do discurso de que Bernal não pôde colocar em prática o plano de governo, pois não exerceu o mandato completo, mas tinha bons projetos capazes de ajudar a população da Capital se colocados em prática, principalmente na área da saúde.

Bons tempos – O governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), presenteou o ex-deputado federal Aldo Rebelo (PC do B) com uma garrafa de pinga com guavira. “Para relembrar os bons tempos de Câmara Federal”, disse o tucano ao se encontrar com o ex-colega de parlamento, na segunda-feira à noite, em Campo Grande.

Vamos conversar – Após protesto de servidores na Assembleia Legislativa, ontem, os deputados estaduais resolveram criar uma comissão para dialogar com o governo estadual. A crise obrigou o Executivo a anunciar aumento zero ao funcionalismo, o que deixou categorias descontentes.

Não tinha outro jeito – O líder do Governo na Assembleia, deputado Rinaldo Modesto (PSDB), lembra que a atual gestão sempre manteve diálogo com os servidores, mas que os técnicos da área de finanças chegaram à conclusão que não dava para conceder o reajuste este ano, apenas manter um abono salarial fruto de negociação anterior.

(com Leonardo Rocha, Lucas Junot, Mayara Bueno e Richelieu de Carlo)

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