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Jogo Aberto

Marun reage com irritação a vazamento

Marta Ferreira | 06/07/2018 06:00

Fúria – Na coletiva em que anunciou a ida à Polícia Federal contra vazamentos que o relacionaram a fraudes na emissão de registros sindicais, o ministro Carlos Marun derrubou o púlpito com microfones. “É que eu estou meio brabo”, justificou. Para ele, a informação vazada trata-se de “conspiração asquerosa contra a pessoa do presidente Temer”.

Orelha em pé – Em outro momento, em meio a conversas paralelas, uma repórter engatilhou pergunta a Marun sobre como o governo sentia o “golpe” de ter um ministro (Helton Yomura) afastado da pasta do Trabalho. “Qual golpe? Pensei que ia me chamar de golpista”, emendou, sob risadas, rememorando termo usado pela oposição para se referir à queda de Dilma Rousseff.

Moldura – Reunião nesta quinta-feira (5) no PDT de Mato Grosso do Sul deixou a impressão de que o partido tenta mostrar que está tudo bem. O encontro veio logo depois do princípio de incêndio na sexta-feira (29), que envolveu a saída de João Leite Schimidt da presidência regional.

Afagos – Em nota, Schimidt disse deixar o posto para coordenar a campanha de Odilon de Oliveira, passando o bastão ao vice, Dagoberto Nogueira. A oficialização da troca só ocorreu nesta quinta, com os envolvidos à mesa. Detalhes sobre alianças do PDT ou mesmo nomes para a vice ou Senado ficam para depois.

Sem confirmação – A legenda marcou para 21 de junho a data da convenção. As lideranças estaduais tentam trazer algum nome nacional, como por exemplo o presidente, Carlos Lupi, ainda sem confirmação.

Quase certo - O deputado Paulo Siufi (MDB) disse que o MDB já está bem encaminhado para escolha do seu candidato a vice, assim como o grupo de aliados que vai fazer parte da coligação encabeçada por André Puccinelli. No entanto, segue a estratégia do sigilo, sem revelar os nomes para não alertar os adversários.

Otimismo – Apesar de manter o tom de mistério, Siufi demonstrou confiança, principalmente no poder de atração de aliados da principal liderança do MDB. "André (Puccinelli) é aglutinador, teremos um time forte".

Sem pressa - Rinaldo Modesto, vice-presidente do PSDB, disse que a tendência é os tucanos realizarem as convenções nos últimos dias do prazo, que segue até 5 de agosto. "Vamos deixar para o final porque precisamos fazer as costuras das alianças, pois sempre quem está com mais conversas deixa para apresentar no final. Quem realiza convenção antes é porque terá poucos aliados".

Agenda incerta – O PDT, aliás, joga entre os dias 20 e 27 o ato para abertura oficial da campanha de Odilon & Cia., aguardando espaço na agenda oficial do presidente nacional, Carlos Lupi, e do presidenciável Ciro Gomes.

Dia D – A data de hoje não é decisiva apenas para a seleção brasileira, que joga pela vaga nas quartas de final da Copa do Mundo. Para quem exerce cargo do Executivo, é o prazo final para uma série de ações, entre elas aparecer em inaugurações de empreendimentos públicos.

Empenho– A liberação de verbas públicas, a partir deste sábado, também passa a ter restrição e por isso houve uma corrida de políticos a Brasília nesta semana. Todos tentando assegurar que recursos já prometidos sejam liberados.

(Com Humberto Marques, Leonardo Rocha e Kleber Clajus)

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