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Jogo Aberto

No protesto contra petistas, juiz é a estrela que brilha

Waldemar Gonçalves | 18/03/2016 06:00
Com totem de Moro ao fundo, casal faz selfie em local onde, mais tarde, rua foi tomada por manifestantes (Foto: Fernando Antunes)
Com totem de Moro ao fundo, casal faz selfie em local onde, mais tarde, rua foi tomada por manifestantes (Foto: Fernando Antunes)
No protesto contra o governo petista, juiz da Lava Jato vira personagem de destaque (Foto: Marcos Ermínio)
No protesto contra o governo petista, juiz da Lava Jato vira personagem de destaque (Foto: Marcos Ermínio)

Todo poderoso – O juiz federal Sérgio Moro, que atua diretamente na Operação Lava Jato, era uma das estrelas dos protestos em Campo Grande, ontem, contra o governo de Dilma Rousseff. Totem do magistrado fez sucesso no segundo dia de manifestações. Não faltou quem parasse ao lado da peça para fazer um selfie.

Espontâneo – Os manifestos, inclusive, começaram pelas redes sociais, no fim da tarde de quarta-feira (16), principalmente envolvendo os grupos que organizaram outras manifestações “contra a corrupção”, mas, evidentemente, contrários ao PT e suas lideranças. Depois, já no fim da noite, o entendimento entre representantes destes grupos era de que se tratava de ato “espontâneo” do povo, acima de determinadas organizações.

Mais apoio – Já na quinta-feira (17), as manifestações ganharam apoio público de juízes e comerciantes, por meio de suas entidades representativas, entre outros setores da sociedade civil organizada. Os magistrados se manifestaram em apoio a Moro, enquanto lojistas agendaram para o meio-dia desta sexta seu ato, inclusive prometendo fechar suas empresas por uma hora.

Quantas pessoas? – “A corporação está aqui para proteger a população, não para quantificá-la”. A frase, de um policial militar, explica porque a Polícia Militar, tradicionalmente consultada por jornalistas para informar a estimativa de público de atos como os destes dias, tem rejeitado ultimamente fornecer a informação. Após insistência de repórterres, ontem os PMs falaram em 1,5 mil participantes.

Recolhendo o lixo – No meio da manifestação de ontem, também, grupo de aproximadamente 10 pessoas circulava com saquinhos de lixo. Sua missão: recolher a própria sujeira e a do protesto como um todo. Contra a sujeira na política, não faria sentido emporcalhar a principal avenida da cidade, diziam.

Saiu antes – Coincidência ou não, Esacheu Nascimento, único representante de Mato Grosso do Sul no comitê de ética do diretório nacional do PMDB, renunciou à vaga na quarta-feira (16). Um dia antes de o grupo marcar para decidir se abre processo de expulsão contra Mauro Lopes, que assumiu cargo de ministro da Aviação Civil mesmo depois de o partido proibir novas adesões ao governo de Dilma Rousseff (PT). Esacheu, presidente da Santa Casa de Campo Grande, diz que abriu mão do posto para assumir o conselho curador da Fundação Ulysses Guimarães, que também faz parte do partido, e portanto não poderia acumular as funções. Ficará, portanto, fora do embate interno em âmbito nacional.

Vou, não vou – O deputado federal Vander Loubet estava de malas prontas para deixar o PT. O destino seria o PR, do ex-deputado estadual Londres Machado. Mas, segundo correligionários, a nomeação de Lula para a Casa Civil de Dilma teria mudado os planos do petista, quem sabe vislumbrando a possibilidade de que o principal líder petista literalmente salve a pátria.

Fico – Depois de reclamar de falta de espaço no PMDB e, inclusive, conversar com lideranças como o governador, Reinaldo Azambuja (PSDB), o ex-prefeito Nelson Trad Filho (PTB) e o ex-governador André Puccinelli, líder peemedebista, o vereador Paulo Siufi anunciou ontem que fica no partido. “Fico no PMDB, na condição de guerreiro para o partido”, disse Siufi na tribuna da Câmara Municipal. 

Com Bolsonaro – Outro vereador que acabou definiu seu futuro partidário foi Roberto Durães, aquele do "protesto" a bordo de caminhonete importada na porta de posto de saúde e que deixou o PT em meados de fevereiro. Escolheu o PSC de Jair Bolsonaro (RJ), comandado em Mato Grosso do Sul pelo empresário Wilson Dallas.

Com o tio – Já o vereador Otávio Trad, que saiu do PT do B, foi para o partido do tio, Nelsinho, o PTB. Assinou ontem a ficha de filiação. Com isso, a legenda equipara-se ao PSDB na casa, somando cinco parlamentares cada e ostentando as maiores bancadas da casa.

(com a redação)

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