Prefeituras precisam abrir cofres para ter sinal de TV
Morena exigente – Prefeituras de Mato Grosso do Sul precisam abrir seus cofres caso queiram que moradores tenham acesso ao sinal da TV Morena, afiliada regional da Rede Globo. Não mais para pagar uma taxa, como em outros tempos. A emissora atualmente exige que os municípios banquem a estrutura usada para captar e retransmitir a programação do canal.
Seis meses sem – Aconteceu recentemente em Nioaque, por exemplo. Localizado 180 km a sudoeste de Campo Grande, o município de 14 mil habitantes ficou seis meses sem assistir à emissora do ‘plim plim’.
Falta de ar – Tudo porque o ar-condicionado instalado na estrutura que recebe o sinal estava quebrado. Por exigência da emissora, a população só voltou a ver a afiliada global depois que a prefeitura resolveu o problema, usando dinheiro público, é claro, e arcando com o custo de um novo equipamento.
Interferem em tudo – Com muitas demandas envolvendo a prefeitura na Justiça, o prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), acha que o jeito é aguardar as decisões, “já que eles interferem em tudo”. Também para se precaver, ele disse considerar melhor, inclusive, que continue tudo na esfera judicial, ao afirmar que pedirá autorização da Justiça para firmar um contrato emergencial de tapa-buracos.
Nacional – O receio, diz Marquinhos, é que não existam “incômodos mais tarde” e evite ser “notícia nacional” por ter descumprido lei. “Ter que ter paciência, fazer o quê?”, reafirmando que espera decisões tanto em relação à demanda do tapa-buraco quanto à determinação sobre a taxa de iluminação pública, suspensa por seis meses, questão também judicializada.
Cofre cheio, mas vazio – Depois de arrecadar R$ 179 milhões com IPTU neste começo de ano, a Prefeitura de Campo Grande conseguiu pagar o que faltava do salário de dezembro, 13º e salários de terceirizados. E o que fazer com o restante do dinheiro? “Temos a folha de fevereiro, esqueceu? E são mais R$ 111 milhões”, respondeu prontamente o prefeito.
Não sobra nada – Marquinhos, inclusive, lamentou o fato de o IPTU, uma das principais fontes da prefeitura, não ser o suficiente para trazer verbas de investimentos. “Não sobra nada, justo nesta que é a melhor do ano em arrecadação”.
Saúde e segurança – A governadora em exercício, Rose Modesto (PSDB), vê a situação da saúde semelhante à da segurança pública em Mato Grosso do Sul. “Como acontece com os sete mil presos que estão nos presídios, precisamos do apoio do Governo do Federal”, cutuca, cobrando parceria com a União.
Mirim com pressa – Na sede do Instituto Mirim, marcava-se novas eleições para 7 de fevereiro, ontem, quando, em poucos minutos, o secretário municipal de Governo, Antônio Lacerda, apresentou chapa única, pediu eleição imediata por aclamação e, sem objeções, conseguiu agilizar o processo. Dia 7, então, será a posse da diretoria sugerida pela administração municipal.
Ritmo de férias – Parece que os vereadores da Capital resolveram fazer jus ao recesso parlamentar. Tem quem esteja na praia, no mato, cuidando da saúde ou ocupando-se no trabalho que exercia antes de se eleger. Até as comissões especiais andam quase parando. O movimento só deve mesmo começar em 5 de fevereiro, com o cursinho de cinco dias para parlamentares que antecedem a primeira sessão ordinária do ano.
(com Alberto Dias e Mayara Bueno)