Sábado será decisivo para as eleições
Fim de semana D - A maioria dos partidos de Mato Grosso do Sul deixou para concluir as alianças no último prazo e por isso o dia hoje será de “fervo” político. Mais de 20 convenções foram marcadas, em torno de 7 candidaturas, número que pode se reduzir.
Principais – Na prática, a maior mobilização é em torno da definição das candidaturas de Reinaldo Azambuja (PSDB), que já atraiu mais de 10 partidos aliados, de Simone Tebet (MDB), que ainda não anunciou o candidato a vice-governador, e do juiz aposentado Odilon de Oliveira. No caso do pedetista, também o candidato a vice ainda não havia sido definido, depois de dois nomes anunciados.
Perdas – A chapa encabeçada por Odilon viveu dias de perdas nesta semana. Ontem, perdeu o Pros, que chegou a indicar a radialista Keliana Fernandes como vice, e depois decidiu partir para a aliança tucana. Sem nomes de peso, o PDT deixou para o último prazo.
Se acertando – Indecisões nas alianças que, ao menos nos discursos dos políticos, devem durar até domingo (5), atravancam também a formação de chapas de quem já decidiu para que lado vai. No PSB, por exemplo, alinhado a Reinaldo Azambuja (PSDB), já se definiu a permanência na “chapinha”, formada com o Solidariedade e outros pequenos partidos.
Lotação máxima – Já na corrida para a Assembleia Legislativa, o comboio de aliados tucanos ainda se acotovela para viajar tranquilo. Isso porque alguns dos partidos chegam para a disputa com muitos candidatos. A questão, agora, é saber quem pode renunciar à disputa e se exigências quanto o número mínimo de candidaturas serão obedecidas –o que será finalizado até 15 de agosto.
Trampo – A movimentação política agita também o mercado dos que estão acostumados a trabalhar na campanha, mesmo que a contratação seja bem menor que em anos anteriores. Na última semana, foi agitada a procura de profissionais, de jornalistas e publicitários para as assessorias de campanha ao pessoal de suporte, como os especialistas em organizar eventos.
Desde o dia 20 - André Puccinelli, o filho, “Andrezinho”, e o advogado João Paulo Calves vão passar o terceiro fim de semana presos. Há dois pedidos de liberdade para serem julgados, mas até esta sexta-feira nem a Justiça Federal em Campo Grande nem o STF (Supremo Tribunal Federal) haviam movimentado os processos.
Mais – A defesa de João Paulo Calves, a cargo do advogado André Borges, estuda apresentar um terceiro pedido de liberdade. Dessa vez, será no Tribunal Regional Federal da 3ª Região.
À espera – No Supremo, o pedido de liberdade está desde o dia 1º concluso para a presidente, Carmen Lúcia, decidir quem vai julgar o caso. Só depois disso, será distribuído a um ministro para julgar se o emedebista fica ou sai da prisão. Apesar da reclamação de partidários de Puccinelli, advogados ouvidos pela coluna consideram o tempo de espera normal, em razão do número de processos em tramite no Supremo, para 11 magistrados decidirem.
Reações - Diante de grande movimentação em frente ao presídio onde está Puccinelli, muitas pessoas que passam lá na frente tentam interagir com os jornalistas e com quem vai visitar o ex-governador. As manifestações são tanto de apoio à candidatura, da qual ele já anunciou desistência, quanto de “torcida” para que continue preso.
(Com Anahi Gurgel, Humberto Marques e Leonardo Rocha)