Só Deus na causa: autoridades invocam "céus" contra vírus
Previdente - Apesar de ser médico, e de saber que criou anticorpos ao coronavírus, o senador Nelsinho Trad (PSD-MS) diz que continua usando máscara ao sair de casa. “Cachorro mordido por cobra tem medo de linguiça”, brincou.
Atendimento VIP - Nelsinho também se lembrou da “dobradinha” com o primo e ministro Luiz Henrique Mandetta. Quando teve dengue, em 2006, Mandetta o acompanhou como secretário municipal de saúde. “Agora, no coronavírus, ficou do meu lado como ministro”.
Importante – Sobre a crise no governo Bolsonaro, por causa dos discursos dissonantes do presidente e do ministro da Saúde, com direito a especulações de possível saída de Mandetta do cargo, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) preferiu não polemizar. “É um cargo de confiança, ele escolheu (o ministro e primo) e ele vai até o ponto que achar ser importante para o Brasil”.
Abaixou o tom - Diferente da semana passada, quando o prefeito não economizou nas críticas a Jair Bolsonaro (sem partido), Marquinhos disse hoje que o presidente “quer acertar”. O chefe do Executivo federal defende o isolamento de idosos e grupos de risco para que as pessoas em idade produtiva voltem ao trabalho. Já o gestor municipal impôs medidas dura de isolamento na Capital.
Propósito – “Acho que todos estão querendo acertar, Mandetta quer acertar, presidente quer acertar. É tudo novo, está difícil pra todo mundo. É orar para que, neste momento, todos permaneçam unidos com um único propósito, salvar vidas de brasileiros”, completou o prefeito.
Só por Deus – É de se notar que Marquinhos, pertencente à igreja evangélica, fala muito de Deus, orações e súplicas para superar esta operação de guerra contra o vírus. Mas, não é só ele. Hoje, recomendação do ministro para se isolar e ocupar o tempo em casa foi ler a Bíblia. “Estamos na quaresma”, lembrou.
Cansaço - O prefeito da Capital já dá sinais de cansaço. Há poucos dias, reduziu o tempo de reuniões e lives pelo Facebook, além de responder a menos perguntas que chegam da população durante as transmissões ao vivo.
Subnotificação - A senadora Simone Tebet (MDB) declarou que mais pessoas precisam ser testadas para que não haja subnotificação do coronavírus no País. “Sem os números reais a população não vai entender porque precisa ficar em casa”.
Real – Sem dar números, o secretário de Estado de saúde, Geraldo Resende (PSDB) admitiu ontem que há mais gente com o vírus em Mato Grosso do Sul do que a secretaria consegue registrar.
Angústia - O prefeito de Três Lagoas, Ângelo Guerreiro (PSDB), durante entrevista disse que entende a “angústia” do setor comercial da cidade, mas disse que vai continuar tomando decisões baseadas na saúde pública. “Preciso ter responsabilidade”.