Sobre Copa e política
Torcida – A Câmara de Vereadores de Campo Grande prevê uma sessão de discursos breves na próxima terça-feira (17). O motivo é o mesmo que vai fazer boa parte dos brasileiros enforcar meio dia de trabalho: o jogo do Brasil, às 15h, contra a seleção mexicana no Estádio Castelão, em Fortaleza (CE).
Tudo certo – Apesar da previsão de uma sessão mais breve que o normal, o líder do prefeito Gilmar Olarte (PP) na casa, vereador João Rocha (PSDB), acredita que os jogos não devem interferir na pauta de votações. Para garantir quórum, é preciso no mínimo 20 vereadores.
Interessa - O líder do prefeito lembra que importantes projetos do Executivo estão em tramitação na Casa, para serem aprovados antes do recesso, em julho. Entre eles, está o que institui o PPI (Programa de Pagamento Incentivado), para recuperar R$ 300 milhões da dívida ativa, além de proposta para desafetação de áreas. Ou seja, a transferência para iniciativa privada, para construção de novos conjuntos habitacionais.
Análise – João Rocha também comentou em tom crítico, a realização do mundial no Brasil. Para ele, o único legado que o País pode ter é a conquista do hexacampeonato. “Vemos um monte de esqueleto, infraestrutura que não aconteceu. Preferia que ao invés de pátria da chuteira, fossemos a pátria da cabeça que comanda os pés”, pontuou.
É assim mesmo – Ainda sobre a Copa do Mundo, as vaias e xingamentos dirigidos à presidente Dilma Rousseff (PT), dforam comentadas pelo vereador Ayrton Araújo (PT) como algo a que os políticos estão sujeitos, por serem vidraça. O petista, porém, atribuiu a “hostilidade” a uma parcela da população que não depende do Governo Federal. “As pessoas pobres, que o governo trabalha por elas, não vão ao estádio. Quem vai é rico”, avaliou.
Não gostei - O senador Delcídio do Amaral (PT), que não tem feito defesas veementes do Governo Federal e esteve no Itaquerão, dessa vez saiu em apoio a Dilma. Em sua página no Facebook, foi publicada uma crítica ao comportamento da torcida.
Grosseria - Para o petista, o tratamento recebido pela presidente foi indesculpável. "Ela foi eleita democraticamente e representa uma instituição chamada Presidência da República do Brasil", escreveu. O senador Encerrou dizendo que ninguém ganha com o que aconteceu.
Ato falho - E mal começou o evento esportivo e os erros com o nome do Estado se repetem. Ontem, no início da transmissão de Chile e Austrália, que estão no grupo do Brasil, o apresentador Linhares Junior, do canal Sportv, disse que estava em Cuiabá, no Mato Grosso do Sul.
Crise - A Odebrecht Agroindustrial, grupo que tem duas usinas de álcool em Mato Grosso do Sul, está fechando postos de trabalho. Ao todo, vão ser mil vagas fechadas, entre as 9 unidades do grupo pelo país.
Onde está - Em Mato Grosso do Sul, o conglomerado Odebrecht Agroindustrial tem usinas em Costa Rica e Rio Brilhante. A unidade de Rio Brilhante é a mais antiga e foi comprada em 2008. O setor está reclamando dos efeitos do clima no Estado.
(Colaborou Kleber Clajus)
