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Velório de ex-governador reúne ‘gregos e troianos’

Marta Ferreira | 23/08/2017 06:00

Todo mundo - O funeral do ex-governador Pedro Pedrossian reuniu todo o tipo de político de Mato Grosso do Sul nesta terça-feira (22). Havia represenantes de todas as vertentes e idades. Vereadores de primeiro mandato, que nunca conviveram com Pedrossian no poder, passaram pelo velório, com falas de elogio ao ex-governador e de seus feitos.

“Inspiração” - A vereadora Cida Amaral (PTN), por exemplo, disse ter se encantado pela política em um comício do ex-governador, quando eles ainda eram permitidos. Cida, que é enfermeira, foi eleita pela primeira vez em 2016, aos 56 anos.

Eclético - A despedida ao “Homem de Miranda” foi democrática não apenas em termos de representantes das correntes partidárias. A cerimônia religiosa teve o católico Dom Vitório Pavanello, o comandante da igreja no Estado durante os governos de Pedrossian, e também um pastor evangélico, o neto do ex-governador, Marcos Pedrossian.

Querido – Existe uma máxima entre frequentadores de funerais de que o prestígio de uma pessoa se mede na hora da morte, pelo número de coroas de flores enviadas. O Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo, onde Pedro Pedrossian foi velado, tinha meia centena delas nesta terça-feira.

Homenagem – No mesmo dia da morte, as ideias para nomear novos espaços públicos com o nome do ex-governador surgiram. Paulo Correa sugeriu e um grupo de deputados topou assinar junto projeto denominando o Parque dos Poderes com o nome do ex-governador. Como se sabe, foi ideia dele concentrar os órgãos do Poder Público em um só lugar.

Apoio – Pelo menos sete parlamentares, além do autor da ideia, concordaram com a proposição. Mais uma vez, são de todas as cores partidárias: Amarildo Cruz, Cabo Almi, João Grandão, Pedro Kemp, todos do PT, Antonieta Amorim (PMDB), Herculano Borges (SD) e Mara Caseiro (PSDB).

Na Capital – O vereador Chiquinho Teles (PSD) também foi rápido na iniciativa. Já tem pronto projeto que dá o nome do político falecido ao complexo da Esplanada Ferroviária em Campo Grande. A proposta deve ser apreciada nas próximas sessões na Câmara de Vereadores.

Memória – Durante o funeral, o ex-prefeito Levi Dias disse que foi tanto tempo na vida política ao lado do ex-governador que se fosse contar todas as histórias juntos, teria que sentar e ter a tarde toda. "A pessoa que for ouvir sobre as nossas histórias vai ter que ter muita paciência, é muita coisa em quase meio século”.

27 dias depois – A Prefeitura de Campo Grande publicou ontem no Diário do Município a vacância do cargo de professora que era ocupado pela musicista Mayara Amaral, assassinada no dia 26 de julho. Ela dava aulas de música para crianças.

Processo - Mayara foi morta por Luiz Alberto Bastos Barbosa, em um crime que chocou a cidade e provocou debate nacional por não ter sido classificado como feminicídio. O autor é réu por latrocínio duplamente qualificado. A ação, neste momento, aguarda apresentação de defesa de Luizinho, como é conhecido.

(Com Mayara Bueno, Leonardo Rocha, Richelieu de Carlo)

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