Com estátuas e luminária 'única', estilo do Sul não foi abandonado
Tendo crescido com os jardins de casa decorados, Cleuza conta que decidiu replicar a ideia em Campo Grande
Quando se mudou para Campo Grande na década de 1980, Cleuza Costa imaginou que ficaria apenas um curto período em Mato Grosso do Sul, mas até hoje segue fazendo a manutenção de seu jardim na região do bairro Santo Amaro. Com pequenas estátuas espalhadas pelo quintal e até luminárias produzidas artesanalmente, ela narra que não conseguiu abandonar o estilo em que cresceu no Rio Grande do Sul.
Diferindo das casas no bairro, a construção escolhida por Cleuza na época já estava quase pronta quando foi comprada por ela e pelo marido. “A gente escolheu essa porque era mesmo diferente das outras casas e eu queria algo assim”, comenta.
Com janelas amplas espalhadas pela fachada, a casa foi realmente transformada em lar quando os espaços de jardim começaram a ser personalizados por Cleuza. Tanto é que até hoje, desde a poda até a pintura das decorações, tudo é feito por ela.
“Eu tenho essas estatuazinhas espalhadas, coloquei os vasos diferentes. No Rio Grande do Sul, é comum isso aqui, gaúcho gosta dessas coisas. Continuo gostando desse estilo do período colonial”, introduz a moradora.
Disponíveis em Campo Grande, os vasos, imagens de alguns animais e até colunas que sustentam partes decorativas foram comprados por aqui. Já alguns detalhes precisaram ser trazidos do antigo lar de Cleuza.
Um dos exemplos são as luminárias que completam o cenário. “Um artesão fez minhas peças e deu algumas para uma parente, pouco tempo depois ele faleceu. Então essas luminárias são únicas mesmo”.
Enquanto o jardim presente na fachada é principalmente decorativo, outro espaço na lateral da construção se integra mais ao lar. Também pensado por Cleuza, o ambiente possui espaços para descanso ao lado de árvores plantadas por ela.
E, mesmo ali, os adereços brancos estão presentes servindo tanto como vaso para algumas plantas como em conjuntos de mesas para momento de chá. “Antes, eu tinha uma árvore bem maior aqui, mas foi cortada e agora estou usando parte dela como adubo”, explica.
Sem se cansar de tanta manutenção necessária, Cleuza se orgulha em dizer que consegue manter a casa como gosta. “Eu vou arrumando aos poucos. Tudo o que é branco pinto de novo de tempos em tempos porque a chuva acaba tirando a tinta, mas eu gosto sim”.
Já sem expectativas de voltar para o Rio Grande do Sul, a moradora garante que os jardins da casa não podem mais ser abandonados. E, para confirmar que tudo segue do seu gosto, apenas colocando suas próprias mãos em ação.
“Meus filhos ficam doidos porque eu subo em escada, não consigo parar, mas é meu jeito. E eu amo a natureza que tenho aqui, então continuo”, completa.
Confira a galeria de imagens:
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