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Arquitetura

Em 2 anos, Iara transformou terreno na própria “roça” cheia de ervas

Corumbaense começou a trabalhar com plantas medicinais aos 7 anos e não abandonou mais o gosto

Aletheya Alves | 31/01/2023 07:21
Iara conta que é apaixonada por todo tipo de vegetação desde criança. (Foto: Aletheya Alves)
Iara conta que é apaixonada por todo tipo de vegetação desde criança. (Foto: Aletheya Alves)

Quando tinha 7 anos, Iara da Cruz Costa começou a aprender sobre plantas medicinais e fazer mudas para vender. Desde então, ela nunca abandonou o gosto e conseguiu transformar um terreno vazio na sua própria “roça” em apenas dois anos.

Passando pela Rua Iguassu, é quase impossível não notar o terreno todo verde com plantas variadas. De ornamentais como beladonas até anti-inflamatórias como a ora-pro-nóbis, a vegetação se espalha pelo quintal da casa já antiga.

Corumbaense, a moradora explica que quando chegou à casa, o terreno era praticamente vazio de plantas. “Mudou totalmente, aos poucos a gente foi plantando e eu já tinha alguns vasos na outra casa. Então fui plantando, organizando até ficar assim”.

Sem conseguir se imaginar em um cenário diferente, Iara explica que a diversidade de ervas é necessária em sua vida desde a infância. Hoje, o quintal de casa acaba fazendo a conexão entre todos os caminhos tomados até agora.

Casa foi tomada por flores e ervas medicinais nos últimos dois anos. (Foto: Aletheya Alves)
Casa foi tomada por flores e ervas medicinais nos últimos dois anos. (Foto: Aletheya Alves)
Quintal ganhou desde bananeira até capim-cidreira. (Foto: Aletheya Alves)
Quintal ganhou desde bananeira até capim-cidreira. (Foto: Aletheya Alves)

Iara narra que tudo começou com uma senhora que vendia ervas na feira de Corumbá. “Sempre falo que as ervas não substituem os remédios passados pelos médicos, mas eles sempre ajudam. Aprendi muita coisa em Corumbá, fui vendo que tinha planta para ajudar no estômago, na pressão e comecei a vender também”.

No quintal da família, ela fazia dezenas de mudas e foi aumentando os conhecimentos pouco a pouco. Conforme o tempo passou, a moradora explica que mudou de profissão, mas manteve as raízes por perto.

“Eu dava aula e vim para Campo Grande. Me formei em pedagogia e voltei a dar aula aqui também, mas sempre plantei tudo em casa. Agora, eu continuo cuidando de tudo e coloco para vender também, mas é secundário”, diz.

Confirmando que a “roça” pessoal dá muito trabalho, ela explica que o foco sempre precisa ser o gosto. “Se a gente gosta consegue manter os cuidados. Isso aqui para mim é vida, até porque estamos ligados com a terra. Outra coisa é que as plantas são como crianças, você precisa se importar e cuidar”.

Ora-pro-nóbis e capim-limão são algumas da plantas mais vendidas. (Foto: Aletheya Alves)
Ora-pro-nóbis e capim-limão são algumas da plantas mais vendidas. (Foto: Aletheya Alves)

Sobre as espécies que mais consome e também que são constantemente procuradas por quem passa pela rua, Iara destaca a ora-pro-nóbis, losna, capim-limão e capim-cidreira. Outra planta que não costuma ficar parada é a jasmim.

“A gente usa praticamente tudo em casa, mas você precisa se lembrar do que cada uma faz. Por exemplo, muita gente confunde o capim-limão com o capim-cidreira, mas são plantas diferentes”, explica.

Em relação ao conhecimento que conseguiu adquirir até hoje, ela pontua que o mundo da botânica é infinito. “Todo dia eu aprendo alguma coisa diferente, sempre alguém descobre algo novo e a gente vai aprendendo também”.

E, além das plantas, vasos produzidos pela própria Iara também são vendidos no local.

Para consultar quais são as plantas disponíveis para venda, o contato de Iara é o (67) 99291-8870.

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