Entre inglês e contemporâneo, casa é sonho para quem adora receber gente
Um projeto arquitetônico pensado nas visitas. Uma casa para ser usada, curtida e divertida. Foram 11 meses de obra, cinco anos atrás, que ergueram a residência da arquiteta Annelise Giordano. No condomínio Terras do Golfe, nos mais de mil metros quadrados de terreno, 500 deles são destinados à casa, sonho de consumo de quem adora ter os amigos por perto.
"É um projeto particular, de um estilo diferente", começa a descrever a arquiteta. À época da fundação, ela ganhava o terceiro bebê. A idade dos três filhos foi levada em conta na hora de pensar nas três suítes e também nas três salas da casa, para cada uma acomodar um deles.
O ponto de partida para a construção foi a telha "shingle", tanto para o trabalho de volumetria, quanto para o conforto térmico da casa. "Ela se assemelha à manta asfáltica, é bem usado nos Estados Unidos e nos países da Europa", conta Annelise. Hoje o material já é encontrado em lojas de Campo Grande, no entanto, a mão de obra ainda vem de fora.
"Meu marido queria um estilo inglês de casa, inteira de tijolos. Eu fui colocando um pouco do contemporâneo, misturando a esse estilo dele", explica Annelise. De fora, quem olha percebe um gosto particular.
O perfil dos donos era, além de adorar receber visitas, individualizar o bem estar de cada um dos filhos. Para o dia a dia, a planta feita em "L" separa a área gourmet do restante da casa. A cozinha tem porta de acesso tanto para o espaço quanto para a sala de jantar, o primeiro deles fica fechado durante a semana, mas ganha vida de sexta a domingo.
"A gente usa a casa muito bem, chega final de semana, meu marido adora cozinhar, então usamos o espaço gourmet, que tem fogão, mesa e TV", descreve Annelise. A área gourmet comporta até 100 convidados tranquilamente. Quando está com as portas abertas, integra cozinha, sala e living, além da área externa, com piscina.
No espaço gourmet, casam dois estilos de decoração, os móveis caminham entre o contemporâneo e o rústico, através da madeira e do mobiliário atemporal, pelos sofás e poltronas de linhas retas, junto do ferro. "São peças que não caem de moda, não ficam muito no clássico e nem no clean, eu gosto sempre do aconchego e vou nessa linha mesmo", considera a arquiteta. Na decoração, o estilo navy predomina, colocando os tons de azul em evidência.
Quando integrados, os espaços conseguem acomodar 100 pessoas. No aniversário do marido, por exemplo, em maio, a lareira da sala foi ligada para trazer ainda aconchego. Feita a gás, ela é o que separa living da sala. O volume foi feito de pedra travertino, um dos investimentos da arquiteta foi nos materiais e revestimentos.
"Fui tentando usar o que fosse duradouro e ao mesmo tempo atemporal, porque a gente, arquiteta, tem um estilo, mas vai mudando. Tem vez que a casa está mais neutra, agora já coloquei um papel xadrez", exemplifica.
Da parte preferida da casa, Annelise descreve como sendo o hall de entrada, por ter a mesa que traz toda a história familiar. Da bisavó da arquiteta, é ela quem recepciona as visitas. A casa funcional revela amor aos moradores em cada cantinho. "
Ela é aquilo que está dentro do meu coração e do meu marido. Eu gosto de ter um estilo atemporal, esse também é meu estilo de trabalhar. Ela caminha para ser a minha cara, é que eu vou me moldando com ela, às vezes ela que vai me transformando", descreve.
Os amigos repetem o mesmo discurso, de que não querem ir embora. Na parte de cima estão as suítes do casal e dos três filhos e embaixo, o quarto de hóspedes que abriga quem quer ficar até na hora de dormir.
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