Loft feito para DJ que roda o mundo tem peças exclusivas, com o pé no campo
O DJ Renato Ratier tem na personalidade e no modo de vida o contraste de quem roda o mundo como atração em grandes festas, mas sem tirar o pé das fazendas da família, em Mato Grosso do Sul e no Paraguai.
No ambiente da mostra Casa Cor MS, criado para um dos maiores nomes da house music no Brasil, o projeto evidencia essas características. "Ficou a minha cara, exatamente como eu gosto de viver", avalia Renato.
O moderno tom do cimento queimado está nas paredes, mas o couro e os chifres de boi são referências de quando o DJ ainda vivia por aqui, cidade onde nasceu. Mas a estética não é em nada rústica ou rural. Tem uma pegada de quem curte vários estilos e mesmo assim não perde a identidade.
O loft é assinado pela esposa de Renato, Fernanda Pereira, ao lado da também arquiteta Gabriela Pereira. Mas o DJ deu inúmeros pitacos e muitas das peças vieram da cobertura duplex que tem no bairro de Perdizes, em São Paulo.
De entrada, um grande painel com foto do DJ leva à saleta de duas poltronas com pele de carneiro. Na parede, outras referências do tipo, como as carcaças de cabeças de gado. Sobre a cama, a religiosidade de um grande terço.
Dono de uma das casas noturnas mais badaladas de São Paulo, a D-Edge, o trabalho também surge no espaço com uma pick-up particular, que divide espaço com a pequena cozinha com acessórios tetrô. Na mesa para um lanche, a luminária de cordas é exclusiva, desenhada e executada por Gabriela.
Material parecido volta na área externa, onde uma das peças mais bacanas é a rede de cordas, também pensada pelas arquitetas e executada por empresa de Campo Grande.
Os objetos espalhados pelo jardim são outra marca pessoal de Renato. A ovelha com pés dourados o acompanha há anos e a bicicleta dupla, antiga, foi comprada por ele nos Estados Unidos e hoje serve aos pequenos passeios da esposa com o filho.
A hidromassagem em deck de pinos é outra sugestão de conforto, assim como a lareira a álcool, disposta em altura que criança não pode mexer. "Adorei esse espaço, é muito parecido com o que tenho em São Paulo. É um lugar de passagem, mas com conforto", comenta o DJ.