Para manter paredes de 63 anos, casa uniu madeira e alvenaria
Morador conta que desde o portão até as telhas são as mesmas desde a construção
No bairro Taveirópolis, a casa de Juarez de Melo é uma união entre as paredes levantadas antes de seu nascimento e as adaptações feitas devido ao efeito do tempo. Cheio de memórias, o lar foi construído por seus pais e hoje a responsabilidade de manter a casa viva é sua.
“Eu nasci em uma casa aqui na quadra ao lado, mas cresci nessa aqui. Era uma terra, areia, e a gente brincava aí na frente. O bairro foi crescendo, as coisas foram mudando até chegar no resultado de hoje”, relembra Juarez.
Construída para abrigar a então nova família, o morador conta que assim como o bairro, a casa precisou ser adaptada com o passar do tempo.
Mas, para não perder as paredes antigas, apenas metade dela foi transformada em alvenaria. “Nós precisamos colocar o concreto porque a madeira vai estragando em contato com o chão e chuva. Então tiramos a parte de baixo e mantivemos a de cima”.
Visualmente, a casa mostra que acompanhou as mudanças do tempo e realmente conseguiu sobreviver. Juarez narra que os materiais usados na construção realmente eram bons ao ponto de nunca ter precisado fazer manutenção nas telhas, por exemplo.
“No quintal, atrás, fizemos uma casa nova e ela sim já precisou de manutenção. Essa aqui eu nunca precisei subir para mexer nas telhas, por exemplo. Pode vir chuva forte, vendo, tudo isso e nada acontece. Ela resiste”, diz Juarez.
Além das paredes, as portas continuam as mesmas, assim como os muros da frente e portões. Nos últimos anos, o morador conta que perdeu os pais e a ideia de manter o espaço vivo continua.
Questionado sobre se desfazer da casa ou reformular o espaço, ele completa que sua vontade tem sido de deixar tudo do mesmo jeito. “Até as plantas da minha mãe continuam aqui”.
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