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Arquitetura

Pensando nas memórias da infância, Claudia desenhou seu próprio portão

Arquiteta chegou a procurar pelo portão ideal em São Paulo, Minas Gerais e Bahia, mas melhor solução foi criar

Aletheya Alves | 22/12/2022 06:34
Depois de procurar portão ideal, Claudia resolveu desenhar ela mesma. (Foto: Henrique Kawaminami)
Depois de procurar portão ideal, Claudia resolveu desenhar ela mesma. (Foto: Henrique Kawaminami)

Quando começou a reformar o espaço que se tornaria seu escritório, a arquiteta Claudia Comparin sabia que o local não teria cara de casa se o portão ficasse de fora. Depois de muito pensar, a melhor solução foi mergulhar nas memórias da infância e desenhar seu próprio portão.

“Isso me remete muito ao cheiro de café que minha avó fazia, a grade para chegar na fazenda. Quando criança, eu via aquilo e ficava maravilhada”, resume Claudia. Ainda em fase de finalização, o escritório como um todo foi pensado para trazer o afeto das lembranças, e um dos orgulhos da arquiteta é a peça de 4,10m por 3,78m que acolhe os visitantes.

Quem passa pela Rua Sergipe no Jardim dos Estados se surpreende com o portão que parece ter saído de uma casa antiga. Totalmente personalizado, o estilo também remete a portões de castelos ou de casas de campo.

Detalhes foram pensados unindo memórias e muita pesquisa na internet. (Foto: Henrique Kawaminami)
Detalhes foram pensados unindo memórias e muita pesquisa na internet. (Foto: Henrique Kawaminami)
Padrões se completam em linhas circulares e grades laterais. (Foto: Henrique Kawaminami)
Padrões se completam em linhas circulares e grades laterais. (Foto: Henrique Kawaminami)
Com projeto pronto, a ideia saiu da mente de Claudia e seguiu para o serralheiro. (Foto: Henrique Kawaminami)
Com projeto pronto, a ideia saiu da mente de Claudia e seguiu para o serralheiro. (Foto: Henrique Kawaminami)

Apesar de trabalhar com projetos variados, a arquiteta conta que seu coração sempre esteve na “essência” das suas memórias, como ela explica. “Me formei em 2015 e fui jogada no mercado, dei de cara com todo mundo pensando só em modernidade, linhas retas, mas sou uma pessoa que vim do campo e não me encontrava nesse nicho”.

Com o tempo, Claudia percebeu que seu gosto era voltado para casas com telhado, uso de ferro, madeira e materiais naturais. E, por ter crescido em meio a fazendas de café, as referências da área rural seguem até hoje.

Sobre as dimensões, o portão completo tem 4,10m por 3,78m. (Foto: Henrique Kawaminami)
Sobre as dimensões, o portão completo tem 4,10m por 3,78m. (Foto: Henrique Kawaminami)

Assim, o portão foi uma consequência do amor por essas memórias e só nasceu depois da arquiteta procurar por ele até fora de Mato Grosso do Sul. “Eu queria muito trazer a história de alguém. Fui a São Paulo, onde eu morava, e queria um portão de lá. Fui em Minas Gerais, na Bahia, ligava, via pela internet e claro que se tornou inviável”.

Como a arquiteta explica, um portão encontrado em Minas Gerais quase foi comprado, mas após pensar muito, a melhor opção foi criar sua própria peça.

Claudia narra que pesquisou modelos na internet, fez conexões com os portões que levavam para as fazendas da família e chegou ao resultado final. E, vendo o resultado pronto, ela conta que o objetivo principal de trazer o sentimento de casa foi concretizado.

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