Pensando nas memórias da infância, Claudia desenhou seu próprio portão
Arquiteta chegou a procurar pelo portão ideal em São Paulo, Minas Gerais e Bahia, mas melhor solução foi criar
Quando começou a reformar o espaço que se tornaria seu escritório, a arquiteta Claudia Comparin sabia que o local não teria cara de casa se o portão ficasse de fora. Depois de muito pensar, a melhor solução foi mergulhar nas memórias da infância e desenhar seu próprio portão.
“Isso me remete muito ao cheiro de café que minha avó fazia, a grade para chegar na fazenda. Quando criança, eu via aquilo e ficava maravilhada”, resume Claudia. Ainda em fase de finalização, o escritório como um todo foi pensado para trazer o afeto das lembranças, e um dos orgulhos da arquiteta é a peça de 4,10m por 3,78m que acolhe os visitantes.
Quem passa pela Rua Sergipe no Jardim dos Estados se surpreende com o portão que parece ter saído de uma casa antiga. Totalmente personalizado, o estilo também remete a portões de castelos ou de casas de campo.
Apesar de trabalhar com projetos variados, a arquiteta conta que seu coração sempre esteve na “essência” das suas memórias, como ela explica. “Me formei em 2015 e fui jogada no mercado, dei de cara com todo mundo pensando só em modernidade, linhas retas, mas sou uma pessoa que vim do campo e não me encontrava nesse nicho”.
Com o tempo, Claudia percebeu que seu gosto era voltado para casas com telhado, uso de ferro, madeira e materiais naturais. E, por ter crescido em meio a fazendas de café, as referências da área rural seguem até hoje.
Assim, o portão foi uma consequência do amor por essas memórias e só nasceu depois da arquiteta procurar por ele até fora de Mato Grosso do Sul. “Eu queria muito trazer a história de alguém. Fui a São Paulo, onde eu morava, e queria um portão de lá. Fui em Minas Gerais, na Bahia, ligava, via pela internet e claro que se tornou inviável”.
Como a arquiteta explica, um portão encontrado em Minas Gerais quase foi comprado, mas após pensar muito, a melhor opção foi criar sua própria peça.
Claudia narra que pesquisou modelos na internet, fez conexões com os portões que levavam para as fazendas da família e chegou ao resultado final. E, vendo o resultado pronto, ela conta que o objetivo principal de trazer o sentimento de casa foi concretizado.
Acompanhe o Lado B no Instagram @ladobcgoficial, Facebook e Twitter. Tem pauta para sugerir? Mande nas redes sociais ou no Direto das Ruas através do WhatsApp (67) 99669-9563 (chame aqui).