Quintal sem vida se transformou em horta com mais de 25 espécies
Sem apego, Fátima explica que a casa é alugada e mesmo assim o cuidado e carinho são totais
Há 6 anos, o quintal Fátima Venutti se torna cada vez mais vivo e, olhando pelo portão vazado, deixar de perguntar a história envolvendo tanta vegetação seria um pecado. Acostumada com o interesse de quem passa pela região do Monte Castelo, a professora explica que a imagem dos sonhos foi uma verdadeira transformação com mais de 25 espécies de plantas.
Alface, rúcula, mostarda, salsinha, tomate, a lista continua sem parar só falando da horta. Quando o questionamento é sobre o que vem se tornando uma mistura com pomar, banana, mamão, manga, romã e outras frutas integram o conjunto que parece não acabar.
Diferente do que costumamos ver quando o terreno é tomado por plantas, Fátima começa explicando que a casa nem dela é. “Isso que a gente aluga aqui, mas não conseguimos pensar que só porque é alugada não vamos pintar um muro ou fazer o que gostamos. É o nosso conforto, o que gostamos”, introduz.
Com isso em mente, ela e o marido começaram a transformar o espaço, que era tomado por terra e pedregulhos, desde quando se mudaram para a casa. Com uma imagem do Google Street View, registrada antes dos dois iniciarem as plantações, é possível notar como o terreno nem parece o mesmo.
Sabendo que um ambiente sem vida não era o que queriam, Fátima explica que a mudança foi sendo semeada pouco a pouco.
“Nós começamos do lado direito, tirando os pedregulhos e passando eles para o esquerdo. Meu marido sempre teve horta em Cuiabá e decidiu que iria fazer aqui também. Foi arrumando a terra, colocando espaço para cada planta, trocando o adubo”, diz a professora.
Quando a primeira parte já estava completa e realmente tendo formado uma horta, o trabalho passou para o outro lado. Nesse período, vários testes foram sendo feitos e continuam sendo colocados em prática até hoje.
Exemplificando, a professora comenta que hoje há mandioca no terreno, mas a colheita não tem sido tão boa. Por isso, a ideia é retirar os pés e substituir com novas opções para variar ainda mais.
Sem conhecimentos totais, ela narra que a estratégia para o espaço é sempre tentar e acompanhar os processos de perto. “É muita busca na Internet, vamos tentando, vendo o que dá para fazer, qual é a planta que todo mundo está comentando. O interessante também é isso, acompanhar todo o processo, você ver algo totalmente novo acontecendo desde o início”.
Entre as plantações que foram surpresas e aprendizados, Fátima cita a bananeira. “Nós vimos o coração e o cacho se formando. Pensamos que a gente precisava deixar madurar mais, cair, mas vimos que os passarinhos já estavam comendo. Agora, dessa vez, já sabemos mais ou menos o tempo. É isso, nós vamos aprendendo”, diz.
E, sem ciúmes, ela comenta que de vizinhos até estranhos, como foi o nosso caso, as visitas no quintal são recorrentes. “Muita gente pede, a família vem aqui e sai com ervas para fazer chá, a gente não liga não”.
Tanto é que se o momento da mudança chegar, Fátima garante que a horta vai ser entregue completa para o próximo morador. “E a gente cria outra no próximo lugar, se for possível”, completa.
Confira a galeria de imagens:
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