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Arquitetura

Vanderleia tentou “fugir” 5 vezes de casa histórica, mas charme venceu

Entre idas e vindas, cerca de 10 mudanças de casas foram feitas e hoje ela não se vê mais longe

Aletheya Alves | 30/12/2022 06:51
Vanderleia perdeu as contas de quantas vezes já se mudou de casa, mas lar histórico se destaca. (Foto: Aletheya Alves)
Vanderleia perdeu as contas de quantas vezes já se mudou de casa, mas lar histórico se destaca. (Foto: Aletheya Alves)

Há quase 70 anos, uma das casas mais antigas e estilosas da Rua Padre João Crippa foi construída por uma família e amigos, mas ninguém imaginava que o lar fosse se tornar tão aconchegante. Prova de que o charme histórico existe na rua é Vanderleia Aparecida da Silva que, em 18 anos, já tentou “fugir” da casa cinco vezes, mas sempre voltou.

“Eu não sei o que acontece, mas sempre volto. Trabalho no bairro e a primeira vez que me mudei foi em 2004, aí saí, me mudei, um novo dono apareceu, minha filha morou aqui, voltei, mudei de novo e voltei”, conta Vanderleia, rindo sobre a confusão.

Por não ser casa própria, ela narra que tentou ir para outros bairros e até passou uma boa quantidade de tempo entre uma mudança e outra. Mesmo assim, seja com ela procurando pelos donos ou os donos procurando por ela, o retorno acabou vencendo.

Além de ser bonita aos olhos, o antigo lar de um ferroviário ganhou afeto com o passar dos anos. E, conhecendo a história da construção, a moradora explica que nunca mais pensou em deixar o espaço ou trocar por algo mais moderno.

Roseira é um dos toques pessoais da moradora. (Foto: Aletheya Alves)
Roseira é um dos toques pessoais da moradora. (Foto: Aletheya Alves)
Piso foi mantido desde a construção da casa. (Foto: Aletheya Alves)
Piso foi mantido desde a construção da casa. (Foto: Aletheya Alves)

“Eu gosto mesmo da casa. Ela é fresquinha, gostosa, tem bastante claridade. Hoje, está passando por reformas e no ano que vem já deve acabar. Então ficou boa”, detalha Vanderleia.

Unindo peças originais com outras substituídas com o passar do tempo, a casa é um grande misto de memórias. Por se encantar pelo lar, a moradora conta que cada vez em que se mudou de volta, decidiu colocar seus toques pessoais espalhados.

Anos atrás, uma roseira se espalhava pela área, mas foi retirada por outro morador. Agora, Vanderleia uniu uma roda antiga com o ar histórico e a roseira branca voltou a crescer.

“Aqui na rua muitas casas foram desmanchadas, a gente fica com dó porque eram tão bonitas. Me lembro de casas de madeira grandes que não existem mais e é bom a gente ter essas que continuam. Aqui mesmo foi onde a família de uma vizinha cresceu e hoje a casa continua”, explica.

Sobre a história da casa, uma das vizinhas conta que o pai é quem levantou as paredes há 68 anos. Na época, os amigos se reuniram e cada tijolo foi sendo colocado aos poucos, assim como a construção do desenho da casa foi definida.

Durante quase toda a vida do ferroviário, a família continuou com o terreno, mas os filhos foram se espalhando e o espaço acabou vendido. Inclusa no conjunto de casas que conseguiram sobreviver às mudanças, até o piso segue o mesmo.

E, provando que é possível manter as casas antigas cheias de vida, Vanderleia completa que hoje só consegue criar ainda mais carinho pelo lar do antigo ferroviário.

Confira a galeria de imagens:

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