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Artes

A pedido de esposa, velório de Amambai tem despedidas silenciosas

Cantor faleceu aos 80 anos na noite de terça-feira (3) e será enterrado na tarde de hoje

Aletheya Alves | 05/05/2022 10:21
Velório de cantor está sendo realizado na Pax Mundial da Av. Ernesto Geisel. (Foto: Aletheya Alves)
Velório de cantor está sendo realizado na Pax Mundial da Av. Ernesto Geisel. (Foto: Aletheya Alves)

Realizado na manhã desta quinta-feira (5) na Pax Mundial na Avenida Ernesto Geisel, o velório do cantor Amambai, integrante da dupla Amambai e Amambaí, está sendo composto por despedidas silenciosas. A pedido da esposa, Doralice da Silva Umar, as músicas ficarão para outros dias.

Filho de Amambai, Edgar Umar, de 53 anos, explicou que devido à mãe estar muito abalada, a decisão da família foi de manter as despedidas abertas aos familiares, amigos e fãs sem homenagens cantadas.

“Todos vão se despedir, mas no momento de cantar, achamos que é muito doloroso, principalmente para a esposa. Não deixa de ser uma homenagem muito bonita, mas também muito dolorosa”, explica.

Discos da carreira de Amambai guardados pelo filho. (Foto: Marcos Maluf)
Discos da carreira de Amambai guardados pelo filho. (Foto: Marcos Maluf)

O velório, que segue até 14h, está sendo acompanhado por familiares de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e São Paulo. De acordo com Edgar, amigos músicos foram até o local e devem acompanhar o cortejo, que sairá da Pax em direção ao Cemitério Santo Amaro, durante a tarde.

Assim como a despedida no período da manhã, o enterro também será aberto ao público. “Ficamos muito gratos com as mensagens e homenagens de todos. Tenho certeza de que ele está feliz de ver todo o carinho direcionado nesse momento”, Edgar conta.

Apesar da tristeza, o filho explica que a mãe segue forte, mas preferindo manter contato apenas com familiares e amigos, sem dar entrevistas. Até o momento, a suspeita da família é que Amambai tenha falecido após um ataque cardíaco.

De acordo com Edgar, o pai morreu nos braços da esposa após dar um suspiro e cair já sem vida. “Ele foi um grande batalhador e divulgador do chamamé sul-mato-grossense. Ele levou aonde pôde a nossa cultura musical, foi um grande precursor do chamamé”, diz.

Amambai trabalhou em conjunto com Amambaí até 2018, quando os dois resolveram dissolver a dupla. Por anos, eles cantaram tanto no Brasil quanto no Paraguai, Bolívia e Paraguai, espalhando o chamamé, polca paraguaia e guarânia.

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